Sociedade | 07-07-2025 12:00

Salvaterra de Magos desiste de construção de canil após três concursos desertos

Salvaterra de Magos desiste de construção de canil após três concursos desertos
Executivo liderado por Hélder Esménio vai deixar decisão sobre construção do canil municipal para a próxima vereação - foto O MIRANTE

A desistência da construção de um canil/gatil, a construção de infraestruturas num loteamento inacabado e o ajustamento financeiro de um protocolo com a Universidade do Algarve estão na origem da terceira revisão ao orçamento da Câmara de Salvaterra de Magos para 2025.

A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos aprovou, a 18 de Junho, a terceira revisão ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano para o ano económico de 2025. A decisão justifica-se por três motivos, todos com implicações financeiras directas na execução orçamental do município. A medida mais significativa prende-se com a já anteriormente conhecida desistência da construção do canil/gatil municipal e das infraestruturas associadas aos serviços veterinários. Segundo o presidente da autarquia, Hélder Esménio (PS), a decisão surge após três concursos públicos desertos, apesar do aumento progressivo do valor base da empreitada. A poucos meses das eleições autárquicas e perante a manifestação de reservas de vários autarcas quanto à obra, o executivo optou por remeter a decisão para a próxima equipa camarária.
Com a confirmação desta desistência, o município abdica de um empréstimo de meio milhão de euros junto da Caixa de Crédito Agrícola, o que implica uma redução adicional da dívida municipal face ao previsto. Paralelamente, será devolvido o apoio de cerca de 200 mil euros atribuído pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), ficando assim regularizados os instrumentos financeiros relacionados com o projecto.
O segundo aspecto contemplado na alteração orçamental introduz a inclusão de uma rubrica necessária à conclusão das infraestruturas de um loteamento situado nos Foros de Salvaterra, nomeadamente a construção de passeios e zonas de estacionamento. A intervenção, orçada em 49 mil euros, será financiada por uma garantia bancária já executada, sendo agora necessário formalizar a verba no orçamento para permitir o lançamento do concurso público.
O terceiro ajuste no documento refere-se à colaboração com a Universidade do Algarve, no âmbito da elaboração da Carta de Arqueologia do concelho. O contrato-programa, que abrange três anos, implica um custo anual de cerca de 7.700 euros, sendo o encargo da autarquia correspondente a apenas um terço dos custos envolvidos no projecto e que dizem respeito a parte da remuneração de uma investigadora.
A 3. Revisão ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano foi aprovada com os votos favoráveis da maioria do executivo, registando-se apenas a abstenção do vereador Luís Gomes, actualmente independente no executivo depois de se ter desvinculado do Bloco de Esquerda.

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