Sociedade | 08-07-2025 21:00

Proibição de embelezamento de sepulturas no cemitério de Riachos indigna população

Autarquia lançou um aviso a proibir trabalhos no interior do cemitério sem autorização prévia que levou a uma onda de revolta na população.

A Junta de Freguesia de Riachos, no concelho de Torres Novas, lançou um aviso com regras ao funcionamento do cemitério local que provocaram uma onda de revolta e incompreensão na população que se fez ouvir através de reclamações. Em causa está a proibição de “qualquer trabalho no interior do cemitério, nomeadamente, embelezamento de sepultura e colocação de campa, sem autorização expressa da junta de freguesia”, lê-se no aviso.
No mesmo documento, afixado e assinado pelo presidente daquela autarquia, António Júlio Pereira Jorge, alerta-se a população que se os trabalhos acontecerem sem autorização prévia todos os “materiais serão removidos”. E, nesse, caso, sublinha-se, “quaisquer danos provocados pela remoção serão da inteira responsabilidade dos autores da intervenção não autorizada”. O aviso de proibição não foi bem recebido por alguns populares que inundaram a página oficial da junta de freguesia nas redes sociais com reclamações, demonstrado indignação pela atitude autoritária daquela autarquia.
A junta de freguesia viu-se obrigada a dar justificações e a esclarecer que por exemplo pôr uma jarra de flores não é um trabalho que necessite de autorização prévia. No entanto, refere, “se mexer numa campa implicar substituição de elementos da sua construção, agradecemos que seja comunicado à junta”. A autarquia sublinha ainda que “não vende terrenos do cemitério”, pois apenas os concessiona através de alvará e que todos os que queiram, por exemplo, colocar uma campa em pedra na sepultura, além do pedido de autorização têm de pagar uma taxa de embelezamento.

A história de um enterro aos trambolhões
Há cerca de um ano O MIRANTE contou a história do enterro de Joaquina Triguinho Pereira de Oliveira, que se realizou no cemitério de Riachos e foi um drama para a sua família que, depois do velório e do caminho até ao cemitério, teve que assistir a um circo com cenas dramáticas, uma vez que o caixão não cabia na cova. O expediente usado não foi o que seria mais aconselhado, que era abrir a cova à medida do caixão. Ana Cristina Pimpão, filha de Joaquina, contou na altura a O MIRANTE que não aguentou a dor de ver o caixão da sua mãe aos trambolhões mais do que 10 minutos, mas o seu pai, Francisco Pimpão, que assistiu a tudo até ao fim, diz que foi quase uma hora de rebuliço. A situação deixou consternadas todas as pessoas que assistiram ao enterro de Joaquina Triguinho, que durante aquela hora iam comentando o filme de terror que estavam a viver como testemunhas. Segundo O MIRANTE apurou, não foi a primeira vez que o coveiro de Riachos tirou mal as medidas às covas e aos caixões, mas as situações anteriores não terão sido tão dramáticas.

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