Aeródromo de Santarém reforça capacidade de combate a incêndios com novos meios aéreos e requalificação da pista

Município de Santarém investiu 300 mil euros na requalificação do aeródromo, que agora está equipado com equipas prontos a intervir no combate a incêndios.
A Câmara de Santarém investiu 300 mil euros na requalificação do aeródromo municipal, que permitiu melhorar as condições operacionais da infraestrutura e reforçar o seu papel estratégico no combate a incêndios florestais. “O aeródromo estava muito danificado, tinha algumas lombas, e tivemos que fechar cerca de 500 metros da pista. O município decidiu investir e fez um asfalto no sentido de regularizar a pista onde ela tinha algumas depressões”, afirmou à Lusa o responsável pelo Aeródromo Municipal Cosme Pedrógão, Filipe Almeirante. A intervenção incluiu a regularização da pista e das faixas laterais de segurança, bem como a requalificação dos caminhos de circulação.
De acordo com o responsável, a pista, que anteriormente apresentava limitações operacionais, passou agora a permitir a operação de aeronaves como o ‘Fire Boss’, que exige uma extensão mínima de 610 metros, podendo necessitar de até 800 metros em dias mais quentes.
Numa nota publicada nas redes sociais, o presidente da Câmara Municipal de Santarém referiu que, com estas melhorias, o aeródromo está agora equipado com dois aviões bombardeiros médios Air Tractor AT-802T, preparados para lançar água, um helicóptero ligeiro, uma equipa helitransportada da Unidade de Emergência de Protecção e Socorro (UEPS) da GNR e um serviço de Brigada de Aeródromo assegurado pelos Sapadores de Santarém. “Com esta intervenção, Santarém garante uma resposta rápida e eficaz em situações críticas, reforçando a segurança de todo o território”, escreveu João Teixeira Leite, referindo ainda que o aeródromo "assume, em 2025, um papel estratégico no DECIR – Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais".
Segundo o responsável pelo aeródromo, a infraestrutura cobre prioritariamente a zona centro do país, com um raio de acção de cerca de 70 quilómetros, podendo estender-se até 100 quilómetros em situações excecionais. Em declarações à Lusa, o Comandante da Protecção Civil da Lezíria do Tejo, Hélder Silva, referiu que intervenção na pista foi determinante para "permitir a operação de aviões médios que necessitam de pistas com características específicas para descolagem e aterragem". O responsável destacou ainda o esforço do município para garantir as condições necessárias à operação dos meios aéreos, sublinhando que, sem estas melhorias, não seria possível acolher este tipo de aeronaves.
Filipe Almeirante revelou ainda que além destas intervenções, está ainda prevista a instalação de uma rede de segurança em torno do perímetro do aeródromo. “Estamos à espera que o concurso saia. Já saiu uma vez, mas ficou deserto. A empresa que concorreu apresentou um valor acima da média e tivemos de relançar o concurso”, explicou. Intervenções adicionais, como a criação de lotes para infraestruturas de apoio, estão planeadas para uma fase posterior.