Sociedade | 10-07-2025 10:00

Gravidez de risco não é sinónimo de baixa

Gravidez de risco não é sinónimo de baixa
Mariana Panaro, médica ginecologista-obstetra nos hospitais CUF Santarém e CUF Descobertas - foto O MIRANTE

Partos devem ocorrer em meio hospitalar principalmente se a gravidez for de risco. O conselho é de Mariana Panaro, ginecologista-obstetra nos hospitais CUF, alertando que uma gravidez de risco implica cuidados diferenciados.

A idade é um dos factores que aumenta o risco na gravidez, seja por as mulheres serem ainda muito novas, com menos de 17 anos, seja por terem mais de 35 anos, e actualmente assiste-se ao facto de haver uma tendência para as portuguesas terem filhos mais tarde. Situação que se associa a um maior risco de doenças, como diabetes e hipertensão, e de problemas durante a gestação. É por isso que o acompanhamento médico multidisciplinar, que é uma bandeira da CUF, ao longo de toda a gravidez e no parto, é fundamental para reduzir o risco de complicações.
As grávidas da região de Santarém têm beneficiado no Hospital CUF Santarém de uma articulação dos cuidados de saúde em rede, que permite assegurar um seguimento contínuo e diferenciado, não só durante a gestação, como também no nascimento do bebé. Uma estratégia que tem contribuído para aumentar o número de mulheres acima dos 35 anos que chegam ao fim da gravidez com sucesso.

As mulheres portuguesas tendem a ter filhos cada vez mais tarde. Que influência isto tem na questão da gravidez? Uma mulher que tem uma gravidez mais tarde, ela tem um ovócito (célula germinal que se gera nos ovários) com a mesma idade que dela. Portanto, tem uma menor qualidade do que um de uma mulher de vinte e poucos anos. Uma mulher que pense engravidar deve fazer um planeamento, independentemente da idade, fazer análises, exames de citologia, ecografia… para se ver o funcionamento do organismo, se tem alguma doença que não foi diagnosticada, avaliar o peso, os hábitos alimentares, o consumo de álcool, o tabaco.
A gravidez em mulheres mais novas, adolescentes por exemplo, também é de risco? É considerada gravidez de risco em menores de 17 anos. O risco aumenta a partir dos 35 e abaixo dos 17. Mas também há outras situações para além da idade, como o facto de a mulher ser diabética apesar de estar numa idade que não é de risco. É importante haver um planeamento e as pessoas estão mais atentas a isso. No planeamento primeiro vou investigar o estilo de vida do casal, o que faz profissionalmente, o uso de medicamentos, por exemplo, psiquiátrico, mas não só, além de exames clínicos. Os homens podem e devem fazer um espermograma e na consulta também pergunto sobre a saúde dele.

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