Andebol adaptado devolveu-lhe a alegria depois de ter ficado tetraplégico aos 31 anos

José Pires precisa de uma nova cadeira de rodas para continuar a competir no andebol adaptado. Natural de Samora Correia, uma infecção deixou-o paralisado dos membros inferiores e encontrou no desporto uma nova forma de viver.
Quando o talento acelera mais do que as rodas permitem, a frustração não é apenas desportiva. Em 2017, uma infecção deixou José Pires paralisado dos membros inferiores e descobriu no andebol adaptado uma razão para continuar a viver com paixão. Mas o que não encontrou foi um Estado à altura do desafio. Enquanto luta por uma nova cadeira desportiva para continuar a competir, expõe as fragilidades de um sistema que vira as costas ao desporto adaptado, empurrando os atletas para campanhas de angariação de fundos em vez de os apoiar naquilo que mais sabem fazer: resistir e jogar.
José Pires, que nasceu e vive em Samora Correia, joga andebol adaptado em cadeira de rodas desde a época 2023/2024. Representa a equipa do clube do Centro de Reabilitação Rovisco Pais, da Tocha, uma unidade de referência na zona centro do país. Apesar da paixão pela modalidade, o equipamento que utiliza já não acompanha o nível competitivo actual.