Sociedade | 11-07-2025 11:13

Região ganhou população em 2024 com apenas três municípios em quebra

Região ganhou população em 2024 com apenas três municípios em quebra
imagem ilustrativa

O distrito de Santarém acompanhou a tendência do país e registou um aumento populacional em 2024, segundo dados da Pordata. Em termos percentuais, os concelhos de Vila Nova da Barquinha, Entroncamento e Benavente foram os que mais cresceram. Houve três municípios que perderam população.

Vila Nova da Barquinha e Entroncamento, concelhos do Médio Tejo, são algumas das “excepções relevantes” no interior do país no que diz respeito ao crescimento demográfico, tendo, em 2024, aumentado em 3,20% e 2,82%, respectivamente. Esses são os valores mais altos entre os 21 municípios do distrito de Santarém, seguindo-se três concelhos da Lezíria do Tejo acima da fasquia de 2% Benavente (2,50%); Alpiarça (2,21%); e Salvaterra de Magos (2,10%). A capital de distrito, Santarém, registou um crescimento populacional de 1,07% no ano passado. Os fluxos migratórios ajudam a explicar o fenómeno, porque o número de nascimentos voltou a cair.
Esses números e considerações foram revelados pela Pordata - base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santo - Dia Mundial da População, que se assinala a 11 de Julho. De referir ainda, segundo os mesmos dados, que só três concelhos da região registaram perda populacional: Mação (-0,06%); Abrantes (-0,12%); e Coruche (-0,39%). Os restantes têm ganhos populacionais entre os 0,21% da Chamusca e os 1,63% de Rio Maior
Os outros concelhos que acompanhamos, pertencentes ao distrito Azambuja, tiveram variações populacionais positivas: Alenquer com 2,39%; Azambuja com 2,25%; Arruda dos Vinhos com 1,07%; e Vila Franca de Xira com 0,90%.
Segundo os dados da Pordata, a população residente no país a 31 de Dezembro de 2024 cifrava-se nos 10.749.635 de indivíduos, mais 109.909 pessoas face a 2023. Foi o sexto ano consecutivo de crescimento populacional em Portugal, com o ano passado a ser o segundo com maior aumento absoluto nesse período.
A Pordata sublinha no entanto que o crescimento populacional não se reflecte num rejuvenescimento da população, registando-se uma redução no número de jovens com menos de 15 anos, ao contrário das restantes faixas etárias, que tioveram aumentos. Outro dado relevante é o de que o número de nascimentos voltou a diminuir e as mulheres continuam a ser mães cada vez mais tarde. Em 2024, a idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho aumentou para 30,3 anos, valor que ultrapassa os 30 anos pelo quinto ano consecutivo.
No mesmo documento, disponível na página da Pordata na Internet, constata-se que as dinâmicas populacionais têm grandes variações quando analisadas em termos territoriais, em regra com os municípios do litoral a apresentarem um menor envelhecimento demográfico e maiores taxas de crescimento populacional. Mas os dados de 2024 apresentam algumas excepções consideradas relevantes no interior do país, com a Pordata a apontar os casos de Vila Nova da Barquinha, Entroncamento, Arraiolos, Alter do Chão e Tarouca, que tiveram crescimentos demográficos em sentido contrário à tendência das respectivas sub-regiões.
Essas excepções são também assinaladas ao nível das sub-regiões, sendo a da Lezíria do Tejo uma das que mais cresceu em população fora da faixa litoral. No território dos onze municípios da Lezíria a população aumentou 1,46% em 2024, o que lhe dá o sexto lugar entre as 26 sub-regiões (NUTS III) em que está dividido o país. O Médio Tejo está no 11º lugar com um crescimento de 0,94%. A Região de Aveiro foi a que mais cresceu populacionalmente em 2024, com um aumento de 1,97%.
Em contraciclo, sete sub-regiões perderam população: Alentejo Central, Tâmega e Sousa, Baixo Alentejo, Terras de Trás-os-Montes, Douro, Alto Tâmega e Barroso, Alto Alentejo.


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