Sociedade | 13-07-2025 10:00

Orçamento Participativo de Abrantes só volta se houver verdadeira participação cívica

Orçamento Participativo de Abrantes só volta se houver verdadeira participação cívica
Presidente da câmara, Manuel Valamatos, admite reformulação do Orçamento Participativo apenas se garantir envolvimento genuíno da população - foto O MIRANTE

Na última Assembleia Municipal de Abrantes o deputado João Fernandes (PSD) acusou a câmara de ter abandonado o Orçamento Participativo. Presidente da câmara reforçou que o executivo está a trabalhar num novo formato, sem prazo definido.

O tema do Orçamento Participativo voltou a aquecer os ânimos na Assembleia Municipal de Abrantes, com o PSD a criticar o adiamento da sua reformulação e com o presidente da câmara, Manuel Valamatos, a reforçar que só avançará com um novo modelo que garanta transparência e verdadeira participação cívica.
O deputado João Fernandes (PSD) lamentou que, a poucos meses das eleições autárquicas, o Orçamento Participativo continue “na gaveta” e sublinhou que, apesar das falhas do modelo anterior, é pior não haver nenhum. O autarca defendeu que o instrumento político é essencial para dar voz aos cidadãos e propôs que as receitas municipais provenientes de grandes eventos, como as festas da cidade, possam ser canalizadas para um novo modelo do Orçamento Participativo. Já a presidente da Junta de Freguesia de Martinchel, Maria Barreiro, ofereceu uma perspectiva contrária, considerando que o anterior modelo do Orçamento Participativo era facilmente manipulável, acrescentando que dificilmente se criará um modelo honesto e viável. “Por mim fechava-se este assunto na gaveta à chave e mandava a chave para o lixo, para ele nunca sair de lá”, afincou.
Na resposta, Manuel Valamatos reconheceu a importância da participação cívica, mas justificou a suspensão do modelo anterior com a sua falta de autenticidade. Acrescentou que já foram apresentadas duas propostas técnicas para um novo modelo, mas nenhuma lhe agradou por não garantir o envolvimento genuíno da população. “Prefiro não ter orçamento participativo a ter um mau”, disse o autarca, acrescentando que os antigos 300 mil euros destinados a esse fim estão a ser aplicados em apoio directo ao movimento associativo através do programa FinAbrantes. João Fernandes sugeriu que o executivo partilhe as propostas existentes para que os partidos “possam contribuir e construir algo útil em conjunto”.

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