Sociedade | 16-07-2025 12:00

Assentis continua a sofrer com falta de médicos de família

Assentis continua a sofrer com falta de médicos de família
Falta de médicos em Assentis é problema crónico que tem motivado protestos da população - foto arquivo O MIRANTE

A freguesia de Assentis é a mais afectada pela falta de médicos de família no concelho de Torres Novas. Médica está de baixa e utentes apenas têm acesso a consultas através de telemedicina. Presidente da junta quer reunir com a secretária de Estado da Saúde na esperança que o problema se resolva.

O presidente da Junta de Freguesia de Assentis, Leonel Santos, revelou que solicitou uma reunião com a secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, para falar sobre o problema da falta de médicos de família naquela freguesia do concelho de Torres Novas. O autarca independente, que intervinha no período destinado ao público na última reunião do executivo da Câmara de Torres Novas, afirmou que espera que a secretária de Estado possa ajudar a “desbloquear a situação” que se arrasta há demasiado tempo. “Há freguesias que têm menos população e têm médico quatro ou cinco dias por semana e eu não tenho direito a nenhum” [para a freguesia], disse.
A freguesia de Assentis tem sido a que mais tem sofrido com o problema da falta de médicos de Medicina Geral e Familiar (MGF). Para minimizar a falta de acesso a consultas médicas, a Unidade Local de Saúde implementou a telemedicina, com acesso remoto através de videoconferência entre médico e utente. Uma medida que não é vista como a solução ideal na opinião de autarcas locais.
“Sabemos que essa não é a resposta que deve existir”, referiu em resposta a Leonel Santos e sobre as teleconsultas, o vereador Joaquim Cabral, sublinhando que o município “tentou encontrar uma solução” com a Unidade Local de Saúde (ULS) Médio Tejo, “pagando horas extra” no âmbito do projecto Bata Branca com a condição de haver médica de família em Assentis. “E a médica existe só que está de baixa e não resolve o problema das pessoas”, sustentou, acrescentando que recentemente abriu uma vaga da especialidade de MGF para Torres Novas que não foi preenchida.
Também o presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira (PS), lamentou que o município esteja a pagar horas extra aos médicos que se deslocam às freguesias através do protocolo do Bata Branca e que os utentes de Assentis apenas tenham acesso a consultas através de telemedicina. A resposta ao problema, defendeu o autarca socialista, deve ser “procurada pelo Ministério da Saúde”.

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