Sociedade | 22-07-2025 21:00

Santarém distingue historiador Veríssimo Serrão com a Chave de Ouro da Cidade

Santarém distingue historiador Veríssimo Serrão com a Chave de Ouro da Cidade
João Leite anunciou a atribuição da Chave de Ouro da Cidade a Joaquim Veríssimo Serrão, distinção até hoje nunca concedida - foto O MIRANTE

Homenagem a título póstumo vai ser atribuída pela Câmara de Santarém e foi anunciada pelo presidente do município durante a sessão de homenagem ao ilustre académico e historiador, Joaquim Veríssimo Serrão, nascido em Santarém há cem anos.

A Câmara de Santarém vai atribuir pela primeira vez a Chave de Ouro da Cidade, a título póstumo, ao historiador Joaquim Veríssimo Serrão, anunciou o presidente do município, João Leite, durante a sessão comemorativa do centenário do ilustre académico, nascido a 8 de Julho de 1925, em Santarém. O autarca definiu o homenageado como “um homem que se fez notável sem deixar de ser normal” e que “continua a ser uma inspiração de vida que deve ser seguida”.
O Convento de São Francisco, em Santarém, recebeu perto de uma centena de pessoas na tarde de 8 de Julho, para prestar homenagem ao historiador na data precisa em que se cumpriu o centenário do nascimento de Veríssimo Serrão. Na plateia estavam personalidades ligadas à política, à academia e à História, e de outras áreas, que presenciaram a cerimónia, bem como os filhos de Veríssimo Serrão, Adriana e Vítor. E também não faltou a música: primeiro pelo Grupo de Guitarra e Canto de Coimbra do Centro Cultural Regional de Santarém, que celebrou recentemente 40 anos de vida; e depois pelo bispo de Santarém, D. José Augusto Traquina, que surpreendeu os presentes ao cantar à capela uns versos sobre Santarém, desafiando a plateia a acompanhá-lo.

Um exemplo de dedicação ao trabalho
A tarde contou com duas intervenções sobre a vida e obras do historiador, a cargo do bispo de Santarém, D. José Augusto Traquina, e da presidente da Academia Portuguesa da História, Manuela Mendonça. A abrir a sessão discursou o director do Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão, Martinho Vicente Rodrigues, com o presidente da Câmara de Santarém, João Leite, a encerrar o programa e a anunciar a distinção.
As diversas alocuções enalteceram a vida e obra de um homem que foi um espírito livre e um historiador brilhante e trabalhador incansável. O bispo de Santarém, que não conheceu pessoalmente o historiador, disse que Veríssimo Serrão foi uma pessoa “íntegra” que acolheu a vida que lhe concederam e desenvolveu-a muito bem. “A vida dele foi um bem enorme para a sociedade. Fez da vida uma partilha”, afirmou, acrescentando que o historiador foi daquelas pessoas que não apenas transmitiu conhecimento, mas também ajudou os outros a pensar e a crescer, sustentando-se sempre em valores como a lealdade, a humildade e a gratidão. Um homem que foi um exemplo de dedicação ao trabalho, “defensor do labor, muitas vezes mergulhado no sacrifício”, que “soube aproveitar todo o tempo para fazer o que vale a pena fazer”.
Martinho Vicente Rodrigues definiu o mestre como “um semeador de cultura” e “um homem de intervenção e acção que contribuiu para formar gerações”, notando que o Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão espelha para a posteridade a sua inteligência, trabalho e dedicação ao serviço da comunidade.

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