Sociedade | 24-07-2025 15:00

Posto médico e casas de banho nas festas do Colete Encarnado são assunto da ordem do dia

Posto médico e casas de banho nas festas do Colete Encarnado são assunto da ordem do dia
Colete Encarnado foi considerado um sucesso e levou milhares às ruas da cidade de Vila Franca de Xira - foto O MIRANTE

Vários moradores e alguns autarcas não gostaram de ver a instalação de sanitários temporários à frente da fachada da igreja da Misericórdia no centro de Vila Franca de Xira, durante a festa do Colete Encarnado, e pedem melhorias para as próximas edições.

No último Colete Encarnado, em Vila Franca de Xira, a instalação de casas de banho portáteis junto à fachada da Igreja da Misericórdia no centro da cidade, perto da Casa dos Forcados, gerou descontentamento e queixas de moradores e autarcas. Quem vive na zona diz que se tratou de um desrespeito pelo património local e que a insalubridade gerada pelas casas de banho portáteis, junto a uma igreja, não deve ser tolerada no futuro. Em reunião de Câmara de Vila Franca de Xira o assunto foi também alvo de críticas, com o vereador Vítor Silva, da coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT) a dizer que as festas são hoje uma mera repetição dos anos anteriores e que as casas de banho colocadas naquele local são uma afronta para a cidade.
“O senhor presidente meteu as casas de banho portáteis em frente à Igreja da Misericórdia. Foi uma falta de respeito pelo património religioso e cultural da cidade, um espaço de memória que tem de ser respeitado. Deixou uma imagem de desleixo na entrada da Misericórdia”, criticou. O autarca diz que o ADN e os valores da festa não foram respeitados na sua plenitude e condenou o que disse ser uma “péssima representação” da figura do campino no cartaz da festa.
“Houve um claro descuido de exigência na nossa maior festa. O Colete Encarnado não é mais um festival de música e cerveja como outros que o vosso executivo tem feito neste mandato e que pouco ou nada contribuem para o desenvolvimento do nosso concelho”, condenou, lamentando a retirada de mais palcos do centro da cidade, como o da Misericórdia, do mercado, da escola do Adro, do tribunal e dos bombeiros.
O presidente do município, Fernando Paulo Ferreira (PS), optou por não responder às queixas sobre os sanitários à porta da igreja, mas defendeu que a festa deste ano foi “uma das maiores de sempre” e um “verdadeiro sucesso”, pese embora admita que há margem para introduzir melhorias. “É a sua opinião. Não estamos cá para trabalhar em opiniões mas sim na festa, para garantir que a cidade funciona no Colete Encarnado com todas as condições de segurança e conforto. A adesão das pessoas contraria essa imagem miserabilista da coligação. Estamos aqui para alavancar a festa”, prometeu.
Também o vereador Nuno Libório, da CDU, lamentou a situação e disse que o executivo socialista “merece todas as críticas” que ouviu na reunião. António Carvalho, comandante da Protecção Civil Municipal, explicou que foram contabilizadas entre 40 mil e 45 mil pessoas por concerto durante as festas, situação que justificou a mudança de palcos dos concertos principais, da Avenida Pedro Victor para o campo do Cevadeiro.
“O palco das sevilhanas foi colocado noutro sítio para tornar aquela área mais segura para as pessoas. O largo do tribunal de há três anos para cá que colocamos naquele local o posto médico avançado e o posto de comando. Este ano tivemos 66 vítimas, 53 foram tratadas no posto médico avançado com duas equipas médicas. Foram menos 53 pessoas que não foram para o Hospital VFX, que durante o Colete até esteve com constrangimentos nas urgências, o que nos iria trazer um problema gravíssimo na evacuação de feridos”, lamentou.

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