Sociedade | 26-07-2025 12:00

Pagar um opíparo almoço a quinze por cento dos eleitores que votam habitualmente

Entre muitas despesas, os contribuintes pagam, anualmente, almoços de convívio da terceira idade.

Entre muitas despesas, os contribuintes pagam, anualmente, almoços de convívio da terceira idade. O último que foi notícia aqui em O MIRANTE, foi o promovido pela câmara da Chamusca e custou 60 mil euros. Decorreu no Casino Estoril e participaram setecentas pessoas.
Há inúmeros municípios, aqui na região, e em todo o país que fazem o mesmo, utilizando milhares de euros dos impostos para esse efeito. Legalmente não há nada que os impeça, mas aquele gasto é questionável e, pessoalmente, sempre os incluí na lista interminável de más despesas públicas, mas a maior parte dos meus amigos e familiares critica-me por isso.
Presumo eu que, na Chamusca, muitas pessoas, não achem mal que sejam gastos 60 mil euros num almoço da terceira idade. Afinal os setecentos participantes representam mais de 9 por cento dos 7.516 eleitores do concelho, ou 15% se contarmos apenas com os habituais votantes (poucos mais de 4.600).
Em Portugal, um pouco mais de 42 por cento das famílias (Cerca de 2 milhões e trezentas mil) não paga IRS. Estão isentas por terem rendimentos baixos. Provavelmente não são muito sensíveis ao argumento do esbanjamento de dinheiros públicos. Mas a realidade é a mesma noutros países e as percentagens de isentos do pagamento de impostos também não são muito diferentes. E, provavelmente, também haverá opíparos almoços grátis para os eleitores maiores de 65 anos.
Rui Ricardo

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