Sociedade | 27-07-2025 15:00

Tagus vai ordenar território florestal em 10 aldeias de Abrantes

As aldeias em causa são as de Lercas, Sentieiras, Bairro Cimeiro e Fundeiro, Almoinha Velha, Casal da Serra, Amoreira, Abrançalha de Cima e de Baixo e Paul.

A associação Tagus vai intervir em 10 aldeias e aglomerados habitacionais próximos de floresta no concelho de Abrantes, num investimento global de 423 mil euros que visa minimizar riscos associados a incêndios, revelou a entidade ligada ao desenvolvimento rural. “No âmbito do programa de apoio às aldeias localizadas em territórios de floresta, denominado Condomínios de Aldeia, a Tagus, com a recente aprovação da candidatura pelo Fundo Ambiental, irá intervir em 10 aldeias consideradas estratégicas” para “converter terrenos agrícolas produtivos”, indicou a Associação de Desenvolvimento do Ribatejo Interior, com sede em Abrantes.
As intervenções nas aldeias de Lercas, Sentieiras, Bairro Cimeiro e Fundeiro, Almoinha Velha, Casal da Serra, Amoreira, Abrançalha de Cima e de Baixo e Paul, visam a “gestão e ordenamento do território, minimizar os riscos associados a incêndios florestais, acentuar a diversidade do meio ambiente e potenciar o valor ecológico e económico da floresta junto da população”, explicou à Lusa a coordenadora técnica da associação Tagus. Segundo Conceição Pereira, aquela região tem sido afectada por grandes incêndios e pretende-se que, com este apoio, a população residente e a de fim de semana “tenha mais facilidade em fazer a gestão das suas propriedades”.
A responsável disse ainda que a candidatura apresentada, na ordem dos 470 mil euros e aprovada em 423 mil euros, inclui um conjunto de acções que “têm a ver com a resiliência da própria comunidade e o saber preparar-se para eventualidades de incêndios”, a par de acções ligadas à “sensibilização, ao espírito de comunidade, ao sentimento de viver em meio rural e com a própria transformação da paisagem”, entre outros. O objectivo principal e transversal aos 10 condomínios, notou, é “garantir a resiliência, sustentabilidade e valorização das áreas edificadas, através da reconversão da área florestal e de matos em áreas ordenadas e geridas, compostas por espécies folhosas autóctones, não esquecendo o aproveitamento da regeneração natural de sobreiro e medronheiro, com técnicas de plantação e condução adequadas à paisagem”.
A acção desenvolver-se-á nas faixas de gestão de combustível nos 100 metros em redor de cada aldeia, de forma a “mitigar o risco de incêndio, e aumentando assim a protecção e segurança de pessoas, animais e bens, fornecendo serviços aos ecossistemas”. O projecto incidirá ainda na preservação e recuperação das pequenas áreas agrícolas onde é praticada a policultura e a criação de zonas de pastoreio.
“A transformação da paisagem é importante no sentido de tornar mais resilientes os territórios e proteger as comunidades, criar segurança, mas sobretudo queremos desenvolver um trabalho de formação com a comunidade local para que ela saiba fazer as podas quando se plantarem os medronheiros, as oliveiras e outros, e saberem tratar os seus territórios e das suas árvores”, acrescentou.

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