Acumulação de lixo em habitação no Porto Alto volta a preocupar moradores

Moradores voltaram a denunciar à Câmara de Benavente a existência de uma habitação onde se acumulam resíduos, apontando riscos para a saúde pública e exigindo uma intervenção urgente.
Os moradores da Rua Gago Coutinho e da Estrada das Fontainhas, no Porto Alto, solicitaram à Câmara Municipal de Benavente uma intervenção urgente numa habitação onde se verifica uma acumulação de lixo continuada, alertando para os riscos que tal situação representa para a saúde pública, segurança e bem-estar da comunidade.
Em representação colectiva, os residentes designaram Domingos Grulha, morador na zona, como porta-voz do grupo. O objectivo, segundo afirmam, é “transmitir à câmara a preocupação comum e acompanhar os meios necessários para a resolução deste problema”. Em declarações anteriores a O MIRANTE, Domingos Grulha, 76 anos, tem vindo a denunciar há vários meses a acumulação de lixo no terreno contíguo à sua residência, que considera ser um foco de insalubridade.
O septuagenário aponta a presença de ratos, maus cheiros, risco de incêndio e a degradação progressiva do espaço. A situação, segundo os moradores, arrasta-se há demasiado tempo e exige uma resposta célere das entidades competentes. O documento enviado à autarquia é subscrito por Esmeralda Silva, Judite Brardo, Paulo Cunha, Maria Umbelino e Domingos Grulha.
O vereador Hélio Justino revela ter solicitado nova verificação da situação aos serviços de fiscalização da Câmara de Benavente, em articulação com a acção social, seguindo os moldes de intervenções semelhantes já realizadas. Sublinha, no entanto, que se trata de uma propriedade privada, o que condiciona a actuação da autarquia. “Já não é uma novidade. A intervenção do município não pode ser simplesmente chegar com as viaturas, recolher o lixo e ir embora”, explica o autarca, referindo que foi também pedido o envolvimento da delegada de saúde para acelerar o processo e legitimar uma eventual intervenção mais profunda.
Recorde-se que, em Maio deste ano, O MIRANTE noticiou o desespero de Domingos Grulha face à situação. Na altura, o morador relatava o incómodo de viver paredes meias com resíduos, bem como a necessidade de recorrer regularmente a veneno para ratos.