Sociedade | 30-07-2025 12:07

Moradores da Barrada lançam abaixo-assinado contra o trânsito de pesados na localidade

Moradores da Barrada lançam abaixo-assinado contra o trânsito de pesados na localidade

Trânsito de veículos pesados está a tirar o descanso e a pôr em causa a segurança da população, maioritariamente idosa, residente na Barrada, concelho de Abrantes, diz documento. Moradores exigem proibição da circulação e pedem ao município que crie uma alternativa.

Os residentes da localidade de Barrada, no concelho de Abrantes, lançaram um abaixo-assinado com o objectivo de proibir a circulação de veículos pesados com mais de cinco toneladas nas ruas do interior da povoação. O documento, que já reúne mais de duas dezenas de assinaturas, refere que tráfego pesado ocorre a qualquer hora do dia e da noite, comprometendo seriamente a segurança rodoviária, o descanso da população, e a integridade do pavimento e das habitações, dado que as ruas da Barrada não têm condições técnicas para receber veículos dessa dimensão.
“Isto é um perigo e um desassossego para as pessoas que vivem aqui. Estamos a falar de uma população idosa com dificuldades de deslocação, visuais e auditivas”, conta a O MIRANTE Manuel Vitória, 68 anos, residente na Barrada e promotor do abaixo-assinado. Além disso “se duas viaturas pesadas, ou mesmo uma ligeira, se cruzarem na estrada uma delas tem de fazer marcha atrás porque não passam”, sublinha, para justificar que aquelas ruas não estão preparadas para a circulação de veículos com “40 toneladas”.
Outra prova disso, afirma, é o facto de “a canalização já ter rebentado” o que causou transtornos com a população a ficar várias horas sem água canalizada. “O presidente da câmara está alertado para esta situação. Está na altura de saírem dos gabinetes e fazerem as obras e tomarem as decisões que as pessoas precisam”, diz.
Face a estas situações, os signatários querem que a Câmara de Abrantes proíba a circulação de veículos com mais de cinco toneladas no interior da Barrada, com exceção dos serviços essenciais como a recolha de resíduos (SNA) e os transportes locais, nomeadamente os que circulam para a serralharia local. Pedem também que se crie uma alternativa viável para esse tráfego, através da pavimentação de um troço com cerca de quilómetro, a partir da estrada do cemitério até à M518, junto à Central de Resíduos da Valnor. “O caminho já existe, só precisa de ser alcatroado e até será benéfico para os condutores porque não tem desnível acentuado”.

Manuel Vitória e os subscritores do documento acreditam que o acréscimo muito significativo de trânsito de veículos de transporte internacional (TIR), provenientes de localidades como Bemposta e até mesmo Ponte de Sôr se deve, em grande parte, às indicações fornecidas por plataformas digitais de navegação como Google Maps e Waze, que apontam o percurso pela Barrada como o mais curto.

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