Sociedade | 04-08-2025 21:00

Recolha de lixo no concelho de Azambuja volta a suscitar críticas e reclamações

Recolha de lixo falhou durante três dias em Aveiras de Cima e o presidente da junta não escondeu a indignação, criticando a empresa responsável pelo serviço.

No concelho de Azambuja continuam as queixas a um cenário que se tem tornado recorrente um pouco por todas as freguesias, sobretudo nas mais urbanas: contentores a abarrotar, sacos de lixo espalhados pelo chão e monos empilhados pelas ruas. Foi o que aconteceu recentemente na vila de Aveiras de Cima, onde o serviço de recolha não funcionou durante três dias numa zona de restauração.
Indignado com o serviço prestado pela Ecoambiente, empresa contratada pelo município para fazer a recolha de resíduos, o presidente da Junta de Aveiras de Cima, António Torrão, foi à última reunião do executivo camarário reclamar. “Estamos a falar numa zona de restauração onde diariamente há lixo para colocar e estivemos três dias sem recolha. Isto leva a que o lixo esteja acumulado e espalhado pelo chão. O centro da vila ficou inundado de lixo porque o motorista numa zona achava que o camião não passava, mas passado três dias passou no mesmo sítio”, disse. Noutra rua, que estava a ser alvo de requalificação, o carro de recolha não passou durante três dias porque o motorista não se disponibilizou a fazer cerca de 30 metros em manobra de marcha atrás.
O autarca da CDU referiu ainda que, por vezes, os monos só não ficam mais tempo empilhados pelas ruas porque a junta de freguesia resolve fazer o trabalho que compete à Ecoambiente que, vincou, até tem uma plataforma para facilitar e agendar a recolha desse tipo de resíduos. “Estamos a fazer um trabalho que é da empresa de recolha de lixo e não pode ser”, afirmou, lembrando que a Câmara de Azambuja tem fiscais para essa área.
Já na reunião anterior, a vereadora do Chega, Inês Louro, tinha alertado para o mesmo problema, dando como exemplo o cenário da Rua Dona Maria Francisca, na vila de Azambuja, onde o lixo permanecia por recolher. “Há pontos que estão sempre iguais”, disse, questionando o presidente do município sobre se acha que o serviço prestado pela Ecoambiente melhorou uma vez que havia “essa promessa”.
Sobre relatórios do serviço de fiscalização que lhe foram enviados a pedido, Inês Louro disse que “não passam de um resumo do que foi feito pela Ecoambiente”, não denotando um trabalho efectivo de fiscalização ao serviço. O presidente, Silvino Lúcio, admitiu que não viu os relatórios, uma vez que não é responsável por esse pelouro e disse que se ia “inteirar” sobre o assunto.
Já na última reunião, o vice-presidente António José Matos, que dirigiu os trabalhos, referiu em resposta a António Torrão que há locais estreitos onde é difícil os motoristas passarem com os carros de recolha, às vezes, devido à “falta de civismo” de moradores que estacionam mal os carros. Comprometeu-se ainda a ir junto da empresa para a sensibilizar para o problema, tal como fez no caso da rua que estava a ser alcatroada.
A Ecoambiente é responsável há 20 anos pelos serviços de recolha de resíduos no concelho de Azambuja. Em 2024 voltou a vencer o concurso público para novo contrato, continuando assim responsável por essa missão durante mais oito anos, pelo valor de 9,9 milhões de euros (mais IVA).

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