Sociedade | 04-08-2025 11:46
Técnicos da CPCJ de Vila Franca de Xira cansados de trabalhar num corredor sem privacidade

Mau tempo destruiu o telhado das instalações da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Novembro do ano passado mas até hoje os trabalhos de reparação do edifício têm-se arrastado. As profissionais criticam a situação e terem de continuar a prestar serviço num corredor sem privacidade para as vítimas e as suas famílias.
Há oito meses que as vítimas de maus tratos, abusos e violência doméstica no concelho de Vila Franca de Xira têm de esperar para ser atendidas numa sala junto a um corredor de acesso a um edifício municipal, com pouca privacidade e num espaço improvisado, porque as obras nas instalações da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) estão longe de estarem concluídas.
As profissionais queixam-se da situação e do arrastar das obras que, num primeiro momento, se acreditava poderem ficar concluídas em Março deste ano, prazo que depois foi alargado devido às chuvas. “A câmara informou-nos que em Março regressaríamos ao nosso local de trabalho mas passados oito meses apenas mudaram o telhado e fizeram algumas operações de cosmética. Ainda falta quase tudo para que a obra fique feita e informaram-nos que só têm previsão de a concluir nunca antes de 2026. É inadmissível”, lamenta uma das profissionais a O MIRANTE. Quem trabalha na CPCJ questiona como em 13 meses o município não conseguiu realizar obras de melhoramento num espaço pequeno como são as instalações da CPCJ, quando há habitações construídas de raiz nesse espaço de tempo. Quem trabalha na CPCJ continua a alertar para o facto das crianças vítimas de abusos e as suas famílias continuarem num espaço provisório, sem condições para ter privacidade e reunir com os técnicos. “Têm sempre a sua privacidade e sigilo comprometidos porque por elas passam dezenas de pessoas que nada têm a ver com a CPCJ, com os técnicos a trabalhar em condições miseráveis, num espaço exíguo, sem janelas e sem condições técnicas”, avisa a mesma fonte.
* Notícia desenvolvida na edição impressa de O MIRANTE

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