Sociedade | 04-08-2025 12:00

Utilizadores queixam-se de obras mal projectadas na Nacional 3 em Azambuja

Separador central fixo que pode limitar a passagem de veículos em marcha de urgência e ser estorvo ao socorro é uma das preocupações dos utilizadores. Presidente da Câmara de Azambuja diz que levou esse alerta à Infraestruturas de Portugal.

A requalificação da Estrada Nacional 3 no troço entre Azambuja e Vila Nova da Rainha, obra a cargo da Infraestruturas de Portugal (IP), está a motivar queixas de utilizadores. Na última reunião do executivo da Câmara de Azambuja dois munícipes queixaram-se da dimensão exagerada das rotundas, que retirou demasiado espaço às faixas de rodagem e dificulta a viragem de veículos pesados, bem como da colocação de separadores centrais numa parte da estrada, que vão afectar o trânsito e até dificultar o socorro em caso de acidente. O munícipe e utilizador daquela estrada, José Carlos Matos, disse que as rotundas estão demasiado largas e que no caso de um camião ficar parado na faixa de rodagem todo o trânsito nesse sentido fica parado devido aos separadores centrais e a não se ter deixado espaço nas bermas para facilitar a circulação.
José Caetano afirmou que não podia estar mais de acordo, sublinhando que por causa do tamanho das rotundas a estrada ficou “estreita”, causando dificuldade tanto a veículos ligeiros como pesados para fazer a curva. O munícipe disse ainda que não foi tida em conta a vantagem da rotunda provisória instalada durante as obras, que facilitava o acesso ao bairro da Socasa em Vila Nova da Rainha, assim como era benéfica para a manobra de veículos pesados que saem das empresas ali instaladas. “Está-se a fazer as obras em cima do joelho. É necessário saírem dos gabinetes e irem ao terreno ver o que é necessário fazer”, salientou. Embora não considere que a obra foi mal projectada, o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio (PS), concordou que os separadores centrais podem atrapalhar a passagem de veículos de socorro e fez saber que essa questão foi abordada numa reunião com a IP. “Se houver um percalço o trânsito fica parado. É uma situação que também me chamou a atenção, mas foi uma forma de impedir a viragem à esquerda”, disse.
Nesse troço da EN3, onde circulam mais de oito mil veículos pesados por dia, a taxa de sinistralidade - originada em parte por ultrapassagens perigosas e viragens à esquerda - era uma preocupação para autarcas e utilizadores que durante anos reclamaram por obras. Em 2019 foi finalmente assinado um acordo de colaboração entre o município e a IP para a construção de duas rotundas e a requalificação do troço que as liga. Os trabalhos arrancaram em Julho de 2024 com um prazo de execução de 300 dias e um investimento associado de 2,1 milhões de euros.

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