Marco Rosa é um músico de Tomar com diversos projectos em Portugal e no estrangeiro

Marco Rosa toca violino e bateria e é engenheiro de som. A paixão pela música começou em criança, influenciado por um avô e pelo pai. O MIRANTE conversou com o músico de Tomar sobre o seu percurso profissional e a sua história de vida, que tem uma banda sonora que vai do rock à música electrónica, numa diversidade de ritmos e melodias.
Marco Rosa é um músico e engenheiro de som, de 40 anos, natural de Tomar. Não toca sete instrumentos mas integra diversos projectos nacionais e um no Reino Unido. Criou a sua primeira banda, juntamente com amigos, em 2002 e desde aí foi somando participações em diferentes grupos. A maior parte dos projectos em que toca são originários de Tomar, mas também é músico numa banda do Reino Unido, o que o obriga a deslocar-se a terras de sua majestade várias vezes ao longo do ano. É violinista, engenheiro de som e um autodidacta na bateria.
A primeira banda em que participou, e que ainda está no activo, chama-se Xtigma, um projecto de rock português, criado em Tomar, em que é baterista. Depois, em finais de 2002, entrou para os Ashes, uma banda também de Tomar de metal e rock alternativo, como violinista. Também tem um projecto de DJ, trabalhando em eventos de música electrónica, chamado de Audiact, tendo actuado já numa série de festivais alternativos em Portugal, Espanha e Reino Unido. Ainda no universo da música electrónica, faz parte do projecto Psayagata, onde toca em conjunto com outro DJ. Mais recentemente, integrou um trio chamado Amp Project, tocando violino acompanhado por um clarinetista e sintetizador.
Marco Rosa faz parte também da banda Acid Violin, onde improvisa violino a acompanhar um DJ. Finalmente, integra os Lemontree, uma banda do Reino Unido e que apareceu na sua vida quando estava a estagiar e a estudar música na Irlanda, em 2018. Actualmente, Marco Rosa vai duas a três vezes por ano ao Reino Unido para participar em ensaios, gravações e concertos. O músico conta que o ponto alto da sua carreira aconteceu recentemente, em Junho, quando foi gravar o próximo álbum da banda Lemontree para um estúdio numa ilha remota no norte da Escócia. “Foi um verdadeiro sonho. De repente, apercebi-me que estava num espaço onde já gravaram bandas como os Florence and the Machine, o produtor de Foo Fighters, Muse, entre outras. Estivemos lá uma semana inteira e foi incrível”, conta entusiasmado.
Paixão pela música começou na infância
Marco Rosa começou a tocar violino com seis anos de idade na escola Canto Firme, em Tomar. Estudou música até aos 15 anos, tendo completado o quinto grau de violino. Após concluir o 12º ano foi estudar Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações para a Universidade de Aveiro. Esteve oito anos a tentar terminar o curso, acabando por desistir porque chegou à conclusão que não era a área indicada para si. Mudou-se para o Porto onde foi estudar Produção e Tecnologias da Música. Terminada a licenciatura de três anos, foi para a Irlanda, através do programa Erasmus+, estagiar e tirar um mestrado em música.
O gosto pela música já vem de infância, tendo-lhe sido incutido pelo seu pai e por um avô. “Recordo-me que com sete anos vi o meu primeiro grande concerto, os Rolling Stones no Estádio de Alvalade. O meu pai é que me levou para esse mundo e com seis anos estava a tocar na pequena orquestra da Canto Firme. O Concerto dos Reis, na Igreja São João Baptista, foi a minha primeira performance ao vivo”, refere.
O avô era professor de música, acordeonista e trompetista. Marco Rosa, filho único, garante que os pais sempre o acompanharam e apoiaram ao longo da vida. “A minha mãe está com 82 anos e o meu pai com 81 anos. A minha mãe está a passar por complicações de saúde e sou requisitado constantemente. Essa é a grande razão pela qual este ano não tem sido o mais feliz na música. Toda a vida me deram um apoio incondicional brutal, agora sinto que sou eu que tenho que estar do lado deles”, afirma. O músico de 40 anos está actualmente a viver em Riachos, numa casa que era do pai, mas desloca-se regularmente a Tomar.
Projecto a solo é ideia para o futuro
Com uma agenda imprevisível, com digressões entre Portugal e o estrangeiro, Marco Rosa explica que consegue lidar bem com o stress. Faz exercício físico regularmente, opta por uma alimentação saudável e pratica yoga. Refere que as digressões provocam um desgaste físico e mental de que é preciso recuperar. Reduzir o número de projectos não é hipótese. Marco Rosa gosta da diversidade e quando uma banda não está tanto no activo pode compensar com as outras. Para o futuro, tem a ideia de criar um projecto a solo. “Neste momento tenho um grande interesse em lançar um projecto só meu, é uma ideia para o futuro. Seria um projecto de instrumentalização com voz, a voz é também uma área que eu gostava de explorar”, explica.