Sociedade | 11-08-2025 10:00

Aqueduto dos Pegões é uma obra de arte de Tomar que continua a fascinar

Aqueduto dos Pegões é uma obra de arte de Tomar que continua a fascinar
O Aqueduto dos Pegões tem sete quilómetros de comprimento - foto O MIRANTE

Séculos após a sua construção, o Aqueduto dos Pegões continua a atrair turistas e a encantar quem o visita. O monumento mantém-se não só como testemunho da mestria técnica de outros tempos, mas também como ponto de encontro entre o passado e o presente. O MIRANTE esteve no local e conversou com visitantes nacionais e estrangeiros.

Erguido entre os séculos XVI e XVII para abastecer de água o Convento de Cristo, o Aqueduto dos Pegões, em Tomar, é uma das mais imponentes obras de engenharia hidráulica da época em Portugal. Com os seus arcos robustos a serpentear o relevo, a estrutura monumental continua a atrair olhares curiosos e a despertar fascínio em quem a visita. Séculos após a sua construção, o aqueduto mantém-se não só como testemunho da mestria técnica de outros tempos, mas também como ponto de encontro entre o passado e o presente. Ao longo de uma visita recente ao local, O MIRANTE foi ao encontro de quem por ali passa, visitantes nacionais e estrangeiros que partilharam as suas impressões sobre este símbolo de Tomar.
Francisco Santos, 57 anos, e Ana Santos, 18 anos, são pai e filha e têm o hábito de irem juntos ao Aqueduto dos Pegões. Francisco Santos é presidente da Junta de Freguesia de Carregueiros e Ana Santos acabou o 12º ano de escolaridade, preparando-se para entrar no ensino superior. Decidiram visitar o monumento ao final do dia porque quiseram ver o pôr-do-sol. Para o autarca, tudo é impressionante naquela obra de arte. “Tem uma imponência enorme. Vendo a data em que foi feito, olhamos para aqui e imaginamos como terá sido a construção disto, dá que pensar. Acho que vale muito a pena a visita, toda a paisagem envolvente é mesmo digna de se ver e este pôr-do-sol é encantador”, afirma.
Visitante frequente desde a sua mocidade, Francisco Santos não considera que o Aqueduto dos Pegões esteja bem valorizado. “Está muito esquecido, muito vandalizado, está mesmo a precisar de uma ajuda valente para isto ser dignificado como merece”, defende. O presidente da Junta de Carregueiros conta que organiza passeios às nascentes do aqueduto, explicando que o monumento tem sete quilómetros de comprimento. Os passeios que estão disponíveis para quem quiser participar, iniciam-se nas nascentes e terminam nos Pegões. Ana Santos afirma que não lhe faz impressão andar em cima do aqueduto, mas alerta que é preciso ter cuidado. Pai e filha costumam visitar com regularidade outros monumentos em Tomar, como o castelo, a mata e a Igreja de Santa Maria do Olival. “Enquanto pai e filha deve ser o que mais fazemos em conjunto”, contam sorridentes.

Amigos brasileiros assumem-se encantados com Tomar
Lucas Monteiro, 34 anos, e Arão Barreto, 37 anos, são amigos e visitaram o Aqueduto dos Pegões pela primeira vez. Ambos nasceram em Paraná, no Brasil. Arão Barreto veio para Portugal em 2023 tirar mestrado em Finanças Empresariais, acabando por ficar a trabalhar numa empresa portuguesa. Conta que escolheu Tomar para morar porque é uma cidade fantástica. “O centro histórico é espectacular e hoje saí do trabalho e pensei que era o dia ideal para ir visitar o aqueduto”, conta.
Lucas Monteiro continua a morar no Brasil, trabalhando como engenheiro florestal, tendo vindo a Tomar passar uns dias. Sobre o Aqueduto dos Pegões, gostaram do que viram. “Impressiona saber a história, que o aqueduto foi construído com uma finalidade, quando entramos aqui estamos já a pensar como seria antigamente”, dizem. Lucas Monteiro assume-se como um apaixonado por história e geografia, referindo que já tinha lido muito sobre o monumento antes de o visitar. Arão Barreto, que está a morar em Tomar há um mês, conta que já visitou o centro histórico e algumas igrejas, assumindo que quer conhecer ainda mais a cidade.

Francisco Santos e Ana Santos, pai e filha - foto O MIRANTE
Arão Barreto e Lucas Monteiro, amigos - foto O MIRANTE

Monumento demorou 24 anos a ser construído

Classificado como monumento nacional, o Aqueduto dos Pegões demorou 24 anos a ser construído. A obra foi feita a partir de quatro nascentes localizadas em Pegões, na freguesia de Carregueiros, terminando na Mata Nacional dos Sete Montes e prolongando-se até ao interior do Convento de Cristo. Com um total de 180 arcos, o Aqueduto dos Pegões atinge a altura máxima de 30 metros. Apesar de ser dos monumentos menos visitados em Tomar, continua a ser um marco fundamental na história do concelho.

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