Sociedade | 13-08-2025 10:24

Trabalhadores da Sumol+Compal de Almeirim aprovam moção reivindicativa e pedem reunião ao Governo

Trabalhadores da Sumol+Compal de Almeirim aprovam moção reivindicativa e pedem reunião ao Governo

Cerca de metade dos trabalhadores da Sumol+Compal, nos turnos da noite e da manhã, aderiram à greve e manifestaram-se junto às instalações da empresa em Almeirim.

Os trabalhadores da Sumol+Compal em Almeirim aprovaram na terça-feira, 12 de Agosto, uma moção com reivindicações como o aumento dos salários e vão pedir uma reunião no Ministério do Trabalho para retomar a negociação do contrato colectivo, suspenso desde 2009. A paralisação, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Setores Alimentar, Bebidas, Agricultura, Aquicultura, Pesca e Serviços Relacionados (STIAC), decorreu junto às instalações da Sumol+Compal, em Almeirim, e registou uma adesão de cerca de 50% nos turnos da noite e da manhã.
Em declarações à Lusa, Marcos Rebocho, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimentar (STIAC), referiu que a paralisação permitiu aprovar e entregar à administração uma moção que sintetiza as exigências dos trabalhadores, entre as quais se destacam o aumento dos salários, a actualização do subsídio de alimentação e a negociação do contrato colectivo de trabalho. “Estas reivindicações já constavam do caderno reivindicativo apresentado no início de 2025, mas não houve qualquer avanço por parte da administração”, afirmou Marcos Rebocho, sublinhando que o contrato colectivo, suspenso desde 2009, precisa de ser actualizado. “É neste documento que se definem questões fundamentais como os aumentos dos subsídios, a progressão na carreira e a valorização do trabalho nocturno”, acrescentou.
Os trabalhadores decidiram ainda agendar uma reunião no Ministério do Trabalho com a associação patronal do sector das águas, sumos e refrigerantes, com o objectivo de retomar as negociações deste contrato. “A ideia é que a associação patronal dê início às negociações. Se tivermos um contrato actualizado, mais fácil é os trabalhadores verem melhorados os seus salários e direitos, nomeadamente no que diz respeito aos horários e aos subsídios nocturnos”, acrescentou o dirigente sindical.
Para além da moção reivindicativa, os trabalhadores agendaram ainda uma nova greve para o dia 8 de Outubro e a realização de um plenário no dia 29 de Setembro, já fora do período de férias, com o objectivo de “mobilizar um maior número de trabalhadores”. Presente na concentração, Vítor Martins, trabalhador da Sumol+Compal e dirigente do STIAC, afirmou que após a greve realizada em Maio, a empresa avançou apenas com "ajustes simbólicos", como o pagamento da hora nocturna entre as 07h00 e as 08h00 e um aumento residual do subsídio de turno, medidas que, na sua perspectiva, "não resolvem os problemas estruturais dos trabalhadores". A Sumol+Compal é uma das principais empregadoras da região e os trabalhadores têm vindo a manifestar descontentamento crescente, com paralisações regulares desde 2023.

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