Obras das Piscinas da Chamusca são exemplo de má gestão e vão ficar para a história pelas piores razões

Complexo das piscinas da Chamusca está fechado há seis anos e é mais do que certo que Paulo Queimado já não o vai inaugurar. Com sucessivos atrasos e pedidos de prorrogação do prazo de execução da empreitada, há também constantes revisões de preços que têm encarecido a obra. População da Chamusca vai continuar privada de um equipamento público.
As obras de requalificação do Complexo das Piscinas Municipais da Chamusca, que obrigaram ao encerramento do espaço em 2019, têm sido o principal assunto de conversa na vila nos últimos anos devido ao mau exemplo de gestão autárquica da equipa socialista liderada por Paulo Queimado. Os sucessivos atrasos nos trabalhos, as frequentes prorrogações dos prazos e as constantes revisões de preços, que têm encarecido a obra em muitos milhares de euros, são as principais falhas a apontar ao executivo municipal na gestão deste processo.
Quem passar junto Complexo das Piscinas Municipais da Chamusca nota que a obra ainda está bastante atrasada e que é mais que certo que o actual presidente da câmara, que em Outubro termina a sua dinastia, já não a vai inaugurar. Muito provavelmente a empreitada nem sequer estará concluída este ano de 2025, o que vai contra todas as promessas feitas por Paulo Queimado e contra o prazo de execução inicial. Ainda faltam concluir fases de construção da empreitada e na manhã de terça-feira, 5 de Agosto, dia de sessão camarária, estavam menos de meia dúzia de trabalhadores ao serviço.
O assunto tem sido discutido em várias reuniões de câmara, como os prazos de conclusão, as verbas investidas, os problemas com a empreitada, problemas com o fornecimento de materiais, entre outros. Numa reunião de câmara de Abril deste ano, o autarca adiantou que estavam a ser preparadas candidaturas para obter financiamento para a empreitada, que prevê um investimento superior a três milhões de euros.
Recorde-se que no final do ano passado (2024), as constantes paragens na obra das piscinas foram assunto em várias reuniões de autarcas. Na altura, Paulo Queimado disse que enviou uma proposta para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo e Ribatejo com vista a obter financiamento para uma parte da obra da piscina municipal. Se o financiamento for conseguido poderá não ser necessário recorrer a créditos bancários, adiantou. O presidente da câmara concluiu a sua intervenção afirmando que estava a fazer conta de que a obra das piscinas cumprisse o prazo de execução, previsto para o final de Março último, prazo estimado que derrapou largamente no tempo.
Também numa assembleia municipal falou-se sobre a eventualidade de se estabelecer protocolos com municípios vizinhos para a população poder usufruir de um espaço aquático. Sobre a realização de protocolos com municípios vizinhos, Paulo Queimado apenas referiu que as crianças e jovens têm actividades de Verão no âmbito dos campos de férias das juntas de freguesia do concelho. O complexo das piscinas municipais encerrou em Setembro de 2019. As críticas à demora da conclusão desta empreitada têm gerado debate nas reuniões de câmara e de Assembleia Municipal da Chamusca com os autarcas a afirmarem, por várias vezes, que é um dos piores exemplos da gestão autárquica da maioria socialista desde que assumiu os destinos do município, em 2013.
À margem
O mamarracho que pode ser caso de estudo
O actual executivo da Chamusca vai sair sem conseguir inaugurar a reforma das piscinas municipais. Passaram seis anos e, segundo consta, vão ser gastos cerca de 5 milhões de euros num mamarracho que vai substituir um complexo que tinha tudo para dar certo se o executivo se limitasse a reformar os balneários e eventualmente o espaço exterior.
Quem substituir Paulo Queimado e a sua equipa na gestão da autarquia tem aqui matéria para entregar a um investigador para um estudo de caso. Como é que se gastam quase 5 milhões de euros numa obra que é um verdadeiro mamarracho para servir uma população de duas mil e quinhentas pessoas?
Se a Chamusca estivesse no mapa, Paulo Queimado e a sua vice, Cláudia Moreira, já tinham sido sacrificados e deitados aos lobos. Como a Chamusca não conta para o totobola... é fartar vilanagem e tolerância máxima, por que com o PS não se brinca, ainda que estes socialistas já tenham entregue os cartões de militantes.