Núcleo de Árbitros da Póvoa de Santa Iria reforça apoio psicológico e formação

A arbitragem no futebol e futsal depara-se com dificuldades em manter os jovens árbitros. O Núcleo de Árbitros da Póvoa de Santa Iria tem investido em formação, apoio psicológico e novas estratégias para reverter tendência.
Ser árbitro de futebol e futsal é uma tarefa exigente e, por isso, é difícil captar jovens para a actividade. O escrutínio constante, a exposição pública, a pressão de adeptos e dirigentes e, sobretudo, a falta de segurança em muitos recintos desportivos têm levado a uma diminuição no número de interessados e até à desistência precoce de quem inicia a carreira.
Frederico Couto e Bruno Abreu, árbitros de futebol e futsal, respectivamente, e directores do Núcleo de Árbitros da Póvoa de Santa Iria (NAPSI), conhecem bem o problema. A experiência acumulada no terreno mostrou-lhes que captar novos árbitros é possível, mas retê-los é o verdadeiro desafio. “O mais difícil é mantê-los. A falta de segurança é transversal a várias modalidades. A maior parte dos jogos não tem policiamento, sendo que os clubes podem optar por segurança privada e pontos de contacto que são dirigentes do próprio clube que tiram os cursos, mas, em caso de violência, pouco ou nada podem fazer”, explica Frederico Couto.