Sociedade | 17-08-2025 07:00

PSP de Santarém diz não ter conhecimento de contestação e polícias ponderam avançar para sindicatos

O MIRANTE recebeu uma carta a denunciar que cerca de meia centena de polícias do Comando de Santarém da PSP acusam as chefias de “negligência” na gestão dos serviços administrativos de gratificados. Comando diz que não tem conhecimento de qualquer contestação e polícias ponderam avançar para sindicatos.

O Comando Distrital de Santarém da Polícia de Segurança Pública (PSP) afirma não ter conhecimento de qualquer contestação em relação aos serviços administrativos de gratificados. A resposta dada a O MIRANTE surge na sequência de uma carta enviada ao nosso jornal, assinada por cerca de meia centena de polícias do Comando de Santarém da PSP que acusam as chefias de “negligência” na gestão de gratificados, falando em “preferências” e “prejuízos directos” causados a dezenas de elementos. Os polícias, sabe O MIRANTE, afirmam que estão a ponderar avançar para os sindicatos se a situação não se alterar. Afirmam ainda que há empresas a ser prejudicadas por causa desta “má gestão”, nomeadamente empresas de construção civil que estão a adiar obras “por não terem gratificados para assegurar o escoamento do trânsito nas suas obras”.
O Comando afirma que, para além de não ter conhecimento de qualquer contestação, “o número de polícias que efectua os designados serviços remunerados não ascende, sequer, ao número que mencionaram, pelo que a informação a que tiveram acesso não nos parece fazer qualquer sentido”, lê-se na resposta, que acrescenta: “a nomeação para a realização de serviços remunerados obedece às normas internas em vigor na PSP, procurando salvaguardar-se o bem-estar físico e psicológico do polícia, em permanência, assim como a qualidade e o profissionalismo do serviço prestado, em simultâneo. (…) Sem prejuízo da existência de lapsos na elaboração das escalas, qualquer reclamação que venha a existir, que não tem acontecido, será sempre analisada de forma equilibrada, tendo em conta a equidade e a justiça relativa na atribuição desta missão”, conclui a nota.
Na última edição de O MIRANTE demos conta da insatisfação dos polícias que consideram existir “uma situação de manifesta negligência por parte das chefias do Comando da PSP de Santarém na gestão dos serviços administrativos de gratificados”. O documento refere, entre outras situações, que “há uma clara preferência em manter determinados elementos afectos a estes serviços administrativos — em particular na gestão dos gratificados — apesar da evidente falta de brio profissional, camaradagem e eficiência por parte dos mesmos. Esta postura tem vindo a causar prejuízos directos e reiterados a dezenas de elementos, que veem pedidos de gratificados recusados sem qualquer necessidade real que o justifique”, lê-se na carta. Na mesma nota lê-se que “esta inércia e protecção de certos indivíduos, tratados como se estivessem sob um manto sagrado, impede uma rotação justa de pessoal e compromete a eficácia do serviço. Pior ainda, contribui para o desgaste, desmotivação e injustiça sentida pelos agentes que se veem privados de oportunidades legítimas de aumentar os seus rendimentos”.

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