Sociedade | 18-08-2025 21:00

Estado da estação ferroviária de Marinhais revolta população

Estado da estação ferroviária de Marinhais revolta população
Estação de Marinhais está ao abandono e a precisar de obras urgentes de requalificação - foto O MIRANTE

Estação ferroviária de Marinhais, no concelho de Salvaterra de Magos, é uma das estruturas com mais história na vila e o seu estado de preservação tem sido tema de debate há longos meses. Autarquia já está atenta ao assunto e associação responsável espera boas notícias para breve.

A estação ferroviária de Marinhais é um dos pontos emblemáticos da localidade mais populosa do concelho de Salvaterra de Magos. O seu estado tem gerado preocupação na população e já foi tema de debate nas redes sociais e assembleias municipais, mas a solução parece só estar à vista num próximo executivo. A estação é uma das estruturas mais antigas da localidade, inaugurada em 1904 com presença do rei D. Carlos I, e foi um dos primeiros grandes marcos da história de Marinhais e o seu valor sentimental para a população é “inestimável”, garante o presidente da junta de freguesia, Joaquim Cardoso (PS). O autarca admite que o estado da estação é de lamentar e tem esperança que o próximo executivo eleito nas eleições autárquicas de Outubro possa dar o devido valor à estrutura, admitindo que com o tempo restante no actual mandato seria complicado agir.
Joaquim Cardoso sugere ainda que a linha possa estar activa para passageiros, num novo sistema de mobilidade dentro da região. Actualmente a linha liga Vendas Novas a Setil com transporte de mercadorias, não tendo as estações qualquer utilidade. “Esta linha vive muito da mercadoria que chega do porto de Sines”, explica o autarca, que bem conhece o sistema ferroviário. A estrutura está entregue à Amar – Marinhais, a associação de defesa do património da freguesia que utilizava o edifício como sede. Em conversa com O MIRANTE, Fátima Gregório, responsável da associação, lamenta o estado da estação e admite que colectividade não consegue garantir a reabilitação apenas com os seus meios. A associação retirou os seus bens do interior da estrutura, receando potenciais roubos e não utiliza sequer o espaço. “Conversámos com o município e actualmente a câmara está a pedir orçamentos para a pintura da estação e o arranjo das portas, que são as questões mais urgentes”, afirma. A dirigente acredita que, em breve, com o município atento à situação, possam existir boas notícias quanto ao futuro da estação, que dará lugar a um espaço que emancipe a história da localidade. “O objectivo é termos ali um espaço para exposições e actividades que possam servir para a nossa actividade na defesa do património da freguesia”, vinca.

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