Sociedade | 21-08-2025 15:00
STAL exige valorização dos bombeiros e medidas estruturais para prevenir fogos
STAL considera que o país enfrenta uma “verdadeira catástrofe” e insiste na urgência de políticas eficazes de prevenção e medidas de Proteção Civil que garantam a segurança de todos os envolvidos.
A presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) defendeu a necessidade de adoptar medidas estruturais para prevenir os incêndios florestais e valorizar a carreira dos bombeiros, que enfrentam “condições de trabalho muito difíceis”. Em declarações à Lusa, Cristina Torres sublinhou que “os sucessivos governos têm falhado na criação de uma estrutura nacional eficaz de prevenção e combate aos incêndios”, apontando a existência de “conflitualidade no comando” e a “falta de coordenação no terreno” como factores que comprometem a resposta em situações de emergência.
A dirigente sindical lamentou que, ano após ano, “os problemas se eternizem” e que as medidas anunciadas durante os períodos críticos “não tenham continuidade”. “Depois dos incêndios, tudo volta ao mesmo”, afirmou. Cristina Torres destacou ainda as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores das associações humanitárias, referindo que muitos bombeiros profissionais auferem “salários baixíssimos” e “não têm o reconhecimento devido”. A dirigente apontou ainda as dificuldades financeiras das associações humanitárias, que afectam “a capacidade de organização e mobilização dos seus trabalhadores”.
Sobre o papel das autarquias, a presidente do STAL reconheceu que estas têm responsabilidades na gestão dos territórios, nomeadamente na limpeza dos terrenos, mas advertiu que muitas vezes os proprietários não têm meios para cumprir essas obrigações. Cristina Torres apontou também a desertificação do interior como um factor que agrava o risco de incêndios, defendendo o investimento na agricultura e a reabertura de serviços públicos como escolas, centros de saúde e tribunais.
Questionada sobre eventuais falhas nas estratégias do Governo ao combate aos incêndios, Cristina Torres apontou como problemas a falta de planeamento e a ausência de uma resposta antecipada às previsões meteorológicas.
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