Sociedade | 23-08-2025 07:00

Habitantes do Granho questionam obras na rua principal da localidade

Habitantes do Granho questionam obras na rua principal da localidade
Obras não são de relevância urbanística, diz o município - foto O MIRANTE

Moradores afirmam que obras levadas a cabo por empresa espanhola têm afectado tranquilidade da povoação do concelho de Salvaterra de Magos. Município explica que trabalhos são construções de muros, vedações e portões.

O Granho é uma das povoações mais isoladas do concelho de Salvaterra de Magos, sendo conhecida pela sua tranquilidade. Contudo, o ruído de obras na rua principal tem perturbado alguns moradores, que se questionam sobre o que está a ser construído naquele local. Bento Cabeçana, de 77 anos, vive na localidade desde 2011, atraído pela calma que ali encontrou. No entanto, a presença de maquinaria pesada, como empilhadores e tractores agrícolas, numa parcela de terreno próxima à sua casa tem levantado poeira e causado ruído que incomoda a vizinhança, explica ao nosso jornal.
O residente diz que os trabalhos, levados a cabo por uma empresa espanhola, decorrem de forma irregular, com equipas a actuar em dias distintos, numa tentativa de preparar o terreno para o que o habitante receia ser um lote empresarial. Bento Cabeçana afirma que estas obras têm prejudicado a sua qualidade de vida e teme que o valor da sua propriedade possa diminuir devido à construção no terreno vizinho. Além das obras, Bento Cabeçana lamenta o pouco apoio que tem recebido da autarquia local para resolver problemas considerados básicos, como o saneamento, do qual está dependente do serviço da União de Freguesias da Glória do Ribatejo e Granho e na melhoria de acessos e infraestruturas.
Contactado por O MIRANTE, o município de Salvaterra de Magos esclareceu que os trabalhos em causa dizem respeito à construção de vedações, ou seja, muros, cercas ou portões. Estas obras são consideradas de “escassa relevância urbanística”, o que significa que não têm impacto significativo no ordenamento urbano e estão isentas de controlo prévio, ou seja, não necessitam de licença ou autorização antes de serem executadas. Assim, apesar do incómodo sentido por alguns moradores, a legislação vigente considera que estas construções não requerem procedimentos administrativos prévios, simplificando o processo para os intervenientes. O município desmente assim as especulações que se possa ali erguer qualquer lote empresarial.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1730
    20-08-2025
    Capa Médio Tejo
    Edição nº 1730
    20-08-2025
    Capa Lezíria Tejo
    Edição nº 1730
    20-08-2025
    Capa Vale Tejo