Mãe de Samora Correia precisa de ajuda para não lhe retirarem os três filhos

Em Samora Correia, uma mãe de 42 anos enfrenta a possibilidade de ver os filhos institucionalizados por falta de uma casa digna. Após cinco anos de espera pela habitação social lançou uma carta aberta e pede ajuda urgente.
A história de Ana Sofia Gonçalves Inácio, 42 anos, é um retrato vivo das falhas do sistema de habitação em Portugal. Mãe de três filhos, um deles com diagnóstico de autismo e incapacidade reconhecida em 60%, carrega uma rotina de precariedade, burocracias e promessas incumpridas que se arrastam desde 2020, quando se mudou para Samora Correia.
A mudança não foi uma escolha, mas uma fuga. Depois de denunciar violência doméstica à PSP de São João da Talha, foi aconselhada por técnicas de apoio à vítima a não ir para uma casa de abrigo, devido às necessidades específicas do filho mais velho, hoje com 14 anos. A alternativa foi ocupar uma pequena casa devoluta que pertencera à avó. O espaço, sem água nem luz, exigiu obras de emergência, mas depressa se revelou insustentável: era uma arrecadação minúscula, sem condições mínimas de salubridade ou privacidade.