Sociedade | 30-08-2025 12:00

Construção de plantação de canábis preocupa moradores do Granho

Construção de plantação de canábis preocupa moradores do Granho
Autarquia de Salvaterra confirma pedido de licenciamento para construção - foto O MIRANTE

Aviso colocado no terreno pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos confirma a intenção de se criar uma plantação de canábis medicinal na localidade.

Um aviso colocado recentemente pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos confirmou que o terreno em obras na Rua Principal do Granho vai receber uma plantação de canábis medicinal. A revelação veio dar resposta às dúvidas e rumores que circulavam na povoação, mas não acalmou os receios de alguns moradores, que se queixam do ruído e da poeira causados pelos trabalhos.
Tal como noticiado por O MIRANTE anteriormente, alguns moradores da localidade do Granho, conhecida pela sua tranquilidade, sentiam-se incomodados há vários meses com a presença de maquinaria pesada e obras na Rua Principal. Bento Cabeçana, de 77 anos, residente desde 2011, afirmou que os empilhadores e tractores agrícolas têm dificultado a vida a quem ali mora. “Estragaram a calma que me trouxe para cá”, afirmou, preocupado também com a possível desvalorização da sua propriedade.
As obras estão a ser executadas por uma empresa espanhola e consistiam, segundo o que município esclareceu a O MIRANTE anteriormente, na construção de vedações, muros e portões. A autarquia afirmou que se tratavam de trabalhos de “escassa relevância urbanística”, isentos de licença ou autorização prévia, razão pela qual o processo não passou por apreciação formal.
Apesar de a Câmara de Salvaterra de Magos ter desmentido a existência de qualquer lote empresarial, acabou por confirmar através da afixação de um aviso que o terreno servirá para a instalação de uma plantação de canábis medicinal, algo que alguns habitantes já especulavam antes da colocação do aviso. A notícia veio trazer clareza sobre o destino do espaço, mas para alguns moradores a preocupação mantém-se, sobretudo pelo impacto imediato das obras na qualidade de vida e pela ausência de investimentos em necessidades básicas na localidade, como o saneamento e os acessos.

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