Sociedade | 02-09-2025 12:00

Cartaxo vai assumir limpeza dos diques de Valada após protocolo com a APA

Cartaxo vai assumir limpeza dos diques de Valada após protocolo com a APA
Mato acumulado nos diques de Valada tem dificultado a circulação de peregrinos e escondido zonas de fragilidade - foto arquivo O MIRANTE

Câmara do Cartaxo vai assumir a limpeza e reabilitação dos diques de Valada após um protocolo firmado com a APA, garantindo não só a preservação das margens como a segurança da população em caso de cheias.

A Câmara Municipal do Cartaxo vai passar a ser responsável pela limpeza dos diques de Valada, entre o Reguengo e Porto Muge, depois de ter recebido da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) o protocolo que lhe delega essa competência. O presidente João Heitor anunciou a novidade na reunião de câmara de 21 de Agosto, sublinhando que se trata de um processo longo, em que o município insistiu junto da entidade para poder avançar. O autarca explicou que a limpeza nunca pôde ser feita antes porque a responsabilidade era da APA, que segundo o município não tem tido a melhor capacidade de resposta. Com o novo protocolo, a autarquia poderá não só proceder à limpeza, mas também avaliar necessidades de reabilitação dos diques, já que o mato acumulado esconde zonas de fragilidade. João Heitor destacou ainda que esta intervenção é essencial para prevenir cheias, reforçar a segurança da população e mitigar riscos de incêndio, lembrando que Valada já enfrentou fenómenos desse tipo recentemente. O presidente da câmara acrescentou que esta conquista resulta de meses, “senão mesmo anos”, de insistência junto da APA, e frisou que não se trata de uma reacção imediata a problemas recentes, mas sim de “preservação e valorização das margens do rio, que é algo que todos queremos”.
Recorde-se que no ano passado o presidente da Câmara do Cartaxo e o vice-presidente estiveram de visita a Valada com um representante da APA por causa da limpeza dos diques. Na altura, O MIRANTE esteve no local e verificou que, por exemplo, junto à antiga escola primária é impossível circular a pé com o amontoado de ervas, o que dificulta a vida aos peregrinos dos Caminhos de Fátima e de Santiago que são obrigados a ir para a estrada. Em 2019, foram investidos nos diques de Valada mais de 530 mil euros, numa obra adjudicada pela APA e financiada em 75% pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos do Portugal 2020. A obra reabilitou o sistema de diques que se estende por 24,5 quilómetros e pelos concelhos de Azambuja, Cartaxo e Santarém, protegendo três aglomerados populacionais da freguesia de Valada – Reguengo, Valada e Porto de Muge –, e 700 hectares de terrenos agrícolas.

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