Sociedade | 02-09-2025 18:00

Taxista de Alhandra continua à espera de justiça quase quatro anos após ter sido assaltado

Taxista de Alhandra continua à espera de justiça quase quatro anos após ter sido assaltado
João Louro - foto arquivo O MIRANTE

Quase quatro anos após ter sido brutalmente agredido durante um assalto em Alhandra, João Louro, taxista aposentado, continua à espera de justiça. O ataque deixou-o cego do olho direito e sem qualquer indemnização, enquanto os suspeitos permanecem em liberdade.

Há quase quatro anos que João Louro, taxista de Alhandra, agora aposentado, desespera por justiça, depois de ter sido brutalmente agredido durante um assalto à sua casa em 2021 que o deixou cego do olho direito. O processo de investigação do assalto violento continua sem desenvolvimentos no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Vila Franca de Xira. De acordo com fonte ligada ao processo, foram identificados os dois suspeitos do assalto, um homem e uma mulher, que terão fugido para França. A mulher chegou a ser identificada numa deslocação a Portugal, mas não quis prestar declarações, estando acompanhada do advogado. Quanto ao suspeito, até à data, ninguém sabe do seu rasto.
João Louro foi ouvido no processo, a pedido do Ministério Público, para memória futura, uma vez que em Setembro fará 81 anos. Nunca foi ressarcido de nenhuma despesa relacionada com o assalto. O advogado do antigo taxista tem feito vários requerimentos na justiça, mas até à data o processo não teve qualquer despacho de acusação ou de arquivamento.

Revoltado com a demora da justiça
João Louro não esconde a revolta e diz sentir-se abandonado pela polícia e pela justiça. “Estive internado no Hospital de São José, vim para casa e fui abandonado. O meu estado de revolta é de uma dimensão sem precedentes. Eu trabalhava com o meu táxi, fazia dois turnos, pegava às cinco da manhã. Fiquei completamente desarmado, nunca mais trabalhei”, disse a O MIRANTE.
Recorde-se que, tal como noticiámos, em Novembro de 2021 o taxista foi brutalmente espancado durante um assalto à sua casa, em Alhandra, por um casal de jovens de 26 anos que lhe roubaram 600 euros em dinheiro, relógios e várias peças de ouro no valor de vários milhares de euros.
O ataque não lhe tirou a vida por milagre, mas deixou-o com sequelas, incluindo a perda total da vista direita. Natural de Olhalvo, Alenquer, João Louro foi taxista durante 22 anos em Alhandra e estava na praça de táxis de Alverca há duas décadas.

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