Centro de Interpretação dos Concheiros de Muge valoriza o património arqueológico do concelho

A Casa do Povo de Muge vai acolher um espaço dedicado à recriação e divulgação da ocupação humana pré-histórica no território do concelho de Salvaterra de Magos. A inauguração é a 13 de Setembro.
A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos vai inaugurar, no dia 13 de Setembro, o Centro de Interpretação dos Concheiros de Muge, um espaço dedicado à valorização e divulgação do património arqueológico do concelho. O novo espaço surge na sequência de mais de uma década de escavações arqueológicas no Cabeço da Amoreira, realizadas pela Universidade do Algarve, e pretende funcionar como laboratório de apoio à investigação científica, mas também como espaço de divulgação acessível à comunidade. “Este centro é o culminar de uma estratégia que temos vindo a seguir desde 2014, centrada na valorização do património local através do estudo, da divulgação e da preservação”, afirmou à Lusa o presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio (PS).
A inauguração está marcada para sábado, 13, às 15h00, na Casa do Povo de Muge, e insere-se na 12.ª edição das Jornadas de Cultura de Salvaterra de Magos, que decorre entre 5 e 14 de Setembro. Segundo o autarca, o projecto foi desenvolvido em estreita colaboração com arqueólogos e técnicos da Universidade do Algarve e inclui uma componente expositiva que recria o quotidiano das comunidades que habitaram a região há cerca de 8.000 anos. Entre os conteúdos disponíveis, destaca-se um corte real de um concheiro, com a distribuição das conchas e outros vestígios arqueológicos, bem como a exposição de um esqueleto humano encontrado nas escavações. O centro inclui ainda uma linha cronológica desde a descoberta dos concheiros por Carlos Ribeiro, em 1863, até hoje.
Para os visitantes mais jovens, será distribuída gratuitamente uma revista interactiva, com actividades lúdicas e educativas, pensada para escolas e famílias. “É um centro simples, acessível, que pretende despertar o interesse das novas gerações pelo património arqueológico e pela história local”, sublinhou Hélder Esménio. O autarca acredita que o novo centro poderá reforçar a atratividade turística e científica do concelho, integrando-se num roteiro que inclui a falcoaria, os bordados da Glória do Ribatejo, passeios fluviais no Tejo e o Museu do Concelho. “Não procuramos a massificação, mas sim criar uma oferta diversificada que permita às famílias passar um fim de semana em Salvaterra de Magos e conhecer o nosso património natural, histórico e cultural”, afirmou.