Sociedade | 07-09-2025 12:00

Programa Acessibilidades 360º volta a ser motivo de queixa em Coruche

Programa Acessibilidades 360º volta a ser motivo de queixa em Coruche
Maria Otília Carvalho quer ver resolvidos os problemas decorrentes do automatismo do portão da sua habitação - foto O MIRANTE

Uma cidadã de Coruche voltou a expor em reunião de câmara os atrasos e irregularidades nas obras de adaptação da sua habitação, financiadas pelo programa Acessibilidades 360º do PRR. O presidente do município, Francisco Oliveira, garantiu que os problemas serão resolvidos no início de Setembro com acompanhamento técnico.

Maria Otília Carvalho, funcionária pública e residente na localidade da Erra, no concelho de Coruche, disse sentir “vergonha alheia” pela forma como tem sido tratada pelo município no processo de adaptação da sua casa, financiado através do programa Acessibilidades 360º, integrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Em reunião do executivo municipal, realizada a 27 de Agosto, a munícipe relatou que a obra, aprovada em Setembro de 2022 e iniciada apenas em Novembro de 2024, deveria ter ficado concluída em 15 dias e continua por terminar nove meses depois.
As intervenções eram simples: a colocação de um portão automático, o alargamento de quatro portas no interior da habitação, a adaptação da cozinha com bancadas mais baixas e a substituição de pavimento. “Cortaram portas e levaram dois meses a recolocá-las. Reportei dezenas de emails sem resposta”, afirmou a cidadã, acrescentando que o portão continua danificado, o automatismo não funciona e há problemas no escoamento das águas da cozinha.
Otília Carvalho, que depende de cadeira de rodas, lamentou ainda a ausência de respostas por parte da Câmara de Coruche e do Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), a quem também dirigiu queixas.
O presidente da autarquia, Francisco Oliveira (PS), reconhece que as anomalias funcionais cabem ao empreiteiro e assegura que a situação será acompanhada de perto. “Não se pode estar à espera indefinidamente. O município reparou o portão na oficina e o empreiteiro colocou o mecanismo. Se não funciona, é preciso que funcione”, sublinhou.
O autarca garante que o empreiteiro já foi notificado para regressar à obra no início de Setembro, acompanhado por técnicos da câmara e pelo próprio presidente. “Tratando-se de uma cidadã com deficiência, quer as coisas resolvidas e tem esse direito. Não é justo que esteja a penar com questões aparentemente simples de resolver”, afirma Francisco Oliveira.
O caso de Maria Otília Carvalho já tinha sido noticiado por O MIRANTE em Julho de 2024, em conjunto com o de Leonor Coelho, outra cidadã com deficiência residente na Fajarda, também beneficiária do programa. Em Setembro de 2024, o município anunciou que pretendia ver os problemas de acessibilidade de ambas as munícipes resolvidos até final desse ano.

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