Sociedade | 13-09-2025 10:00

Contentores de lixo junto a prédio geram protestos de moradores no Entroncamento

Contentores de lixo junto a prédio geram protestos de moradores no Entroncamento
Lixo junto a edifício residencial motiva críticas na Rua 7 de Novembro de 1862 - foto O MIRANTE

A última sessão camarária do Entroncamento ficou marcada por queixas de moradores da Rua 7 de Novembro contra a colocação de contentores de lixo junto a um prédio. A câmara prometeu analisar a situação, enquanto vereadores defenderam alternativas como contentores subterrâneos e criticaram falhas da empresa responsável pela recolha do lixo.

A última reunião do executivo da Câmara do Entroncamento ficou marcada pela intervenção de Carlos Santos, administrador do condomínio do prédio n.º 2 da Rua 7 de Novembro de 1862, que contestou a colocação de contentores de resíduos junto ao edifício habitacional. O representante dos moradores denunciou diversos incómodos causados pela localização dos contentores, exigindo a relocalização dos equipamentos.
Carlos Santos relatou que os contentores, até à construção da nova esquadra da PSP, estavam colocados num espaço afastado de habitações, sem causar incómodos, sendo a decisão da autarquia de recolocá-los junto do prédio em frente, uma situação que considera inaceitável. O morador argumenta que isto representa um risco para a saúde pública devido aos odores intensos e barulhos da recolha do lixo durante a madrugada, que perturbam o descanso de quem ali vive. Acrescentou que tudo isso contribuiu para a desvalorização das habitações, já que ninguém quererá “comprar uma casa com o lixo à porta e os cheiros a entrar pelas janelas”.
A presidente da câmara, Ilda Joaquim (PS), compreendeu as preocupações do munícipe, prometendo analisar a queixa de ruídos e maus cheiros dos contentores com os serviços e a empresa RSTJ - Gestão e Tratamento de Resíduos. Contudo, a autarca sublinhou que parte dos problemas associados aos maus cheiros do lixo resulta da forma como os munícipes utilizam os contentores, lembrando que “há ainda muitos défices de cidadania na deposição de resíduos”.

Críticas à RSTJ
O tema gerou também debate entre os vereadores, com Luís Forinho a defender a instalação de uma ilha de contentores subterrâneos. Apesar de admitir que a opção é mais dispendiosa, o vereador eleito pelo Chega e agora independente salientou que esta medida traria ganhos em higiene, segurança e imagem. Também os vereadores do PSD, Rui Gonçalves e Rui Madeira, aproveitaram para criticar a actuação da RSTJ, apontando falhas na lavagem e manutenção dos contentores e contestando o facto de estes estarem frequentemente mal posicionados, obrigando os munícipes a colocar o lixo a partir da estrada. “Não se percebe como é que é colocado um contentor de lixo virado para a estrada, que obriga as pessoas a irem para a estrada, correndo vários riscos. Não tem lógica nenhuma”, referiu Rui Gonçalves.
Em resposta, Ilda Joaquim explicou que a solução subterrânea não pôde ser aplicada devido a limitações das redes existentes na rua, mas revelou estar a avaliar medidas mais drásticas, como a rescisão do protocolo com a RSTJ por incumprimento de normas referidas pelos vereadores do PSD. “Já manifestámos junto da RSTJ a intenção de fazer cessar o protocolo devido a vários incumprimentos denunciados, pois não se pode ter a cidade no estado em que está por incapacidade da RSTJ de resolver os problemas que têm e fazer o seu trabalho adequadamente”, frisa.

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