Sociedade | 14-09-2025 15:00

Autarcas querem reunião com ministro por causa do fecho de valência na Cerci de Azambuja

Autarcas querem reunião com ministro por causa do fecho de valência na Cerci de Azambuja
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Azambuja, Alenquer e Cartaxo estão preocupados com o regresso de alunos com necessidades educativas especiais aos agrupamentos de escolas em cima do arranque do ano lectivo. Pedem revisão de portaria com 28 anos para que a instituição que os acolhia possa reabrir a valência com suporte financeiro adequado.

Os autarcas de Azambuja, Alenquer e Cartaxo querem uma audiência com o ministro da Educação para manifestar a sua preocupação com o encerramento da valência socioeducativa na Cerci Flor da Vida que dava apoio a 15 crianças e jovens com necessidades educativas especiais. A informação foi dada na última reunião pública do executivo da Câmara de Azambuja, pelo presidente do município, Silvino Lúcio, que se mostrou preocupado com as possíveis dificuldades de adaptação destes alunos que estão a ser matriculados nos agrupamentos de escolas do concelho.

Os alunos dos três concelhos “vão ter de ser integrados nas escolas e vão ter de ser feitas correcções e adaptações”, inclusive, “ao nível do pessoal auxiliar, porque estas crianças implicam uma série de cuidados e a escola não estaria minimamente preparada para o efeito”, alertou, sublinhando que precisam de uma “intervenção do ministro” numa tentativa de se reverter o encerramento da valência na instituição.

Apesar das tentativas, até à data da reunião camarária, realizada a 9 de Setembro, ainda não tinha sido possível aos autarcas reunirem com o ministro. “Não tem tido tempo para falar connosco”, alegou Silvino Lúcio.

A Cerci Flor da Vida alertou ainda antes do arranque do ano lectivo para a possibilidade de encerramento daquela valência, justificada pela falta de apoio financeiro adequado por parte da administração central. A portaria que rege a verba a transferir por aluno para esta valência que assegura uma resposta de ensino público adequada a alunos com necessidades educativas especiais é de 1997.

A O MIRANTE, o presidente da Cerci garantiu que com o que a instituição recebe por utente não consegue executar como deveria o projecto educativo nem apostar em métodos de ensino mais adequados, considerando que os actuais se encontram ultrapassados. Fazendo contas, afirmou que o prejuízo desta valência, só no último ano, foi de 46 mil euros. Além desta realidade, que tem peso nas contas da instituição, José Manuel Franco destacou a dificuldade em contratar pessoal qualificado para assegurar a valência socioeducativa.

O vereador do PSD na Câmara de Azambuja, José Paulo Pereira, também se mostrou preocupado com o regresso destes alunos aos agrupamentos de escolas do concelho, onde vão ter menos técnicos para os apoiar. Defendeu, por isso, que o município deve agir e se necessário cobrir o valor em falta para suportar os custos com a manutenção da valência na Cerci. Caso não aconteça, vincou, “quem vai pagar são aqueles que mais precisam e as suas famílias. Se vamos ficar à espera do ministro daqui a um ano está-se a falar da mesma coisa”.

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