Simulacro no Centro Social da Parreira acaba mal para utente

Uma utente do Centro de Apoio Social da Parreira caiu durante um simulacro na instituição e foi parar ao hospital com o fémur partido. Presidente da instituição descarta responsabilidades, diz que queda foi fortuita e que medidas de autoprotecção são para manter. Utente hospitalizada é mãe do ex-presidente da instituição.
Um simulacro no Centro de Apoio Social da Parreira, no concelho da Chamusca, acabou mal para uma utente da instituição. A mãe do ex-presidente da instituição, Jorge Ferreira, teve de ser internada no Hospital de Santarém depois de partir o fémur no decurso do simulacro. A O MIRANTE, o ainda membro da direcção do Centro de Apoio Social da Parreira não escondeu a revolta e atribui culpas à instituição, revelando que pondera avançar com medidas para atribuir culpas a quem, considera, é responsável.
Manuel Oliveira, presidente do centro, descarta quaisquer responsabilidades e, ao nosso jornal, confessa-se surpreendido pela postura do seu colega na direcção e ex-presidente da instituição. “Desde que sou presidente desta IPSS, há dois anos, que tenho procurado implementar medidas de gestão e de segurança para que haja condições de trabalho para os funcionários e de autoprotecção para os utentes. Nunca houve nada disto e nós vamos continuar a fazê-lo. A queda, só por manifesta má-fé, se pode associar ao exercício feito. Naturalmente, lamentamos o acidente, como sempre lamentamos o dano de qualquer utente, mas fizemos e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar situações como o terrível acidente ocorrido em Mirandela, onde houve seis mortos queimados”, afirma Manuel Oliveira.
O dirigente e empresário explica que os procedimentos visaram prevenir riscos, controlar situações de emergência e garantir a segurança de pessoas e bens em edifícios e estabelecimentos. Foi realizado o teste do bom funcionamento dos extintores; o teste do bom funcionamento dos alarmes de incêndio; foram criadas equipas de intervenção; equipas de evacuação e equipas de manutenção. Conseguiu-se fazer o teste dentro do tempo considerado padrão. “Este exercício é essencial para capacitar os funcionários sobre a melhor forma de evacuar os utentes em caso de emergência. Agora os acidentes acontecem e nem sempre a culpa é de factores externos”, vinca Manuel Oliveira, lamentando o facto de se estar a tentar tirar proveito de uma situação infeliz.