Contentores do lixo à porta de farmácia dão mau ambiente na Castanheira do Ribatejo

Junta de Freguesia de Castanheira do Ribatejo descarta responsabilidades e empurrou as queixas dos moradores para a câmara municipal, que agora admite estar a estudar uma solução para um problema que já cheira mal.
A colocação de uma ilha ecológica e contentores do lixo num lugar de estacionamento, de forma improvisada, à porta da nova Farmácia Tejo de Castanheira do Ribatejo, na Rua Dom António de Ataíde, está a gerar queixas e críticas da comunidade e o problema tarda em ser resolvido. Não apenas o local escolhido para a sua colocação merece reparos de vários moradores - mesmo em frente à porta da farmácia - como também a forma amontoada como os contentores se encontram dificulta o acesso às ilhas ecológicas a quem precisa de ali depositar lixo.
“Permitiram que fosse construído um edifício moderno, mesmo à beira da Estrada Nacional 10, que acabou com o edifício devoluto que ali existia, mas ninguém se preocupou em prever um espaço para as ilhas ecológicas e lembraram-se que ocupar um lugar de estacionamento de forma atabalhoada era uma boa ideia. É lamentável”, critica Fernando Núria, morador da zona, a O MIRANTE. Também os empresários que investiram na instalação da nova farmácia no local pedem que o assunto seja resolvido. Várias pessoas já se queixaram do assunto à União de Freguesias da Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras mas a presidente da junta, Florinda Roque (PS), remete a responsabilidade para a Câmara de Vila Franca de Xira e não dá mais explicações.
“Dizem às pessoas que vão analisar o assunto mas depois nunca fazem nada, nunca vi aparecer aqui ninguém da junta e o problema continua. Além disso, responderam-me torto quando me queixei”, critica Albano Lourenço, morador da zona, que critica a situação. “Não se entende estas decisões, é uma vergonha”, lamenta.
Ao nosso jornal, a Câmara de Vila Franca de Xira deu mais explicações do que a presidente da junta, dizendo que a relocalização daqueles equipamentos de recolha de resíduos urbanos encontra-se a ser estudada pelos serviços municipais, no sentido de serem implementadas soluções técnicas que permitam que os mesmos continuem a garantir a acessibilidade aos edifícios e lojas por parte dos munícipes. “Uma das hipóteses em estudo é a instalação de novos equipamentos enterrados, encontrando-se a ser analisadas todas as infraestruturas enterradas naquela área para aferir de locais viáveis que mantenham as condições de acessibilidade”, explica. O resultado desse estudo, sem prazo de conclusão, será “oportunamente discutido com a junta de freguesia”, dizendo a câmara continuar disponível para dialogar sobre este assunto com os moradores e empresários da zona.
À margem/opinião
A presidente desaparecida
Florinda Roque é a única presidente de junta do concelho de Vila Franca de Xira que, ao contrário dos seus pares, parece ter medo de falar com O MIRANTE. Nesta reportagem, como noutros assuntos, Florinda Roque fecha-se em copas, responde como as crianças - com sim ou não - e raramente é capaz de produzir uma opinião sobre os problemas com que a sua terra se depara e de que os munícipes se queixam. Neste assunto, limitou-se a dizer para falarmos com a câmara municipal. Acreditamos que o assunto já deve cheirar mal à autarca, mais que não seja por alguém não ter planeado bem os arranjos urbanos de uma zona construída de raiz na sua terra, mas esta não deve ser a conduta de uma autarca, paga pelo erário público para servir a sua comunidade. Florinda Roque lidera uma freguesia com tanta vida e que tem um dos maiores parques logísticos da Grande Lisboa, mas ninguém dá por ela….