Sociedade | 22-09-2025 12:00

Sugal investe em inovação verde e já reduziu 80% da pegada carbónica prevista

Sugal investe em inovação verde e já reduziu 80% da pegada carbónica prevista
Sugal abriu portas ao ministro da Agricultura, dando-lhe a conhecer todas as etapas da indústria de transformação de tomate de Benavente - foto O MIRANTE

A Sugal tem instalada em Benavente a primeira caldeira de biomassa florestal da Europa para processamento de tomate. Um investimento pioneiro apoiado pelo PRR que coloca a fábrica ribatejana como a mais eficiente do sector a nível energético e ambiental.

A Sugal, maior produtor e exportador nacional de concentrado de tomate e um dos líderes mundiais do sector, apresentou, este mês de Setembro, o seu mais recente investimento em Benavente. Numa visita realizada à fábrica no dia 10 de Setembro, que incluiu a presença do ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, foi dada a conhecer a instalação da primeira caldeira de biomassa florestal para processamento de tomate em operação na Europa.
Esta inovação integra o Programa de Descarbonização e Sustentabilidade 2022-2026 do grupo e representa um passo decisivo na estratégia de sustentabilidade definida até 2030. O CEO da empresa, João Ortigão Costa, sublinha a relevância do projecto no contexto europeu. “A fábrica de Benavente passa a ser a unidade de transformação de tomate mais eficiente a nível energético da Europa, com um impacto ambiental significativamente reduzido”, destaca.
O investimento foi apoiado pelos fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e insere-se num pacote de 49 milhões de euros destinados à modernização de operações industriais em Portugal. Segundo a empresa, a taxa de execução já ultrapassa os 80% e permitirá antecipar em três anos a meta de reduzir 40% das emissões de CO2 até 2030.
A estratégia da Sugal assenta em quatro pilares: neutralidade carbónica e transição energética; agricultura e alimentação sustentável; economia circular; e valorização dos recursos humanos. Entre os objectivos definidos estão a utilização integral de energia renovável, a redução de 15% no consumo de água na produção agrícola e a eliminação de acidentes de trabalho.

Um grupo com seis décadas nascido em Azambuja
Fundado há 60 anos em Azambuja, o grupo conta hoje com cinco unidades fabris em Portugal, Espanha e Chile, exportando mais de 95% da produção para cerca de 80 países. “Temos conseguido mão-de-obra local, articulada com mão-de-obra exterior, com apoio de jovens estudantes da região, nomeadamente de Benavente, Azambuja e concelhos limítrofes, que se juntam à campanha do tomate durante o Verão. É um orgulho dar-lhes uma primeira experiência de trabalho e uma forma de começarem a fazer poupanças para os estudos”, explica João Ortigão Costa em declarações a O MIRANTE.
O gestor reconhece, contudo, os desafios de operar no mercado europeu. “Os últimos anos têm sido muito complicados porque temos sido muito penalizados por estarmos localizados na União Europeia. Mas temos ainda muito para consolidar e crescer”.

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