Sociedade | 23-09-2025 11:27

Azambuja apoia criação de Unidade de Saúde tipo B para combater falta de médicos

Azambuja apoia criação de Unidade de Saúde tipo B para combater falta de médicos

Município aprovou elaboração de um regulamento de apoio à criação de uma nova unidade de saúde mais atractiva para os médicos. É mais uma tentativa de fixar clínicos num concelho onde 91% não tem médico atribuído.

Depois de apoiar o projecto Bata Branca e da tentativa de apoio à implementação de uma Unidade de Saúde Familiar modelo C, que ainda não se sabe se irá avante, a Câmara de Azambuja anunciou que está a ser trabalhada a criação de uma nova Unidade de Saúde Familiar tipo B. Nesse sentido foi aprovada por unanimidade na reunião do executivo municipal de sexta-feira, 19 de Setembro, a abertura do procedimento para a elaboração do Regulamento de Apoio à Criação e Implementação de USF modelo B.
A nova unidade, segundo o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio (PS), vai avançar com quatro médicos, quatro auxiliares e três assistentes operacionais. Fazendo contas, o autarca afirmou nessa reunião que irá garantir médico de família a cerca de 8.500 utentes, ou seja, menos de metade dos que actualmente não têm um clínico atribuído. Ainda assim, afirmou, “é um paço significativo e um esforço que o município vai fazer” para melhorar o acesso aos cuidados de saúde naquele concelho.
As USF modelo B integram equipas de médicos, enfermeiros e secretários clínicos e distinguem-se pela sua gestão autónoma, pela remuneração baseada no desempenho e nos resultados, e pela dedicação plena dos seus profissionais, o que permite um aumento salarial e incentivos para a melhoria contínua da qualidade.
Embora tenham votado favoravelmente, os vereadores da oposição PSD e Chega consideram que a resposta que melhor serviria os utentes do concelho era a criação de uma unidade de saúde modelo C. Apenas este tipo de unidade, defendeu Rui Corça /PSD) iria garantir “cobertura total” de médicos aos utentes, devendo o município continuar a apostar na sua criação. Também Inês Louro afirmou que o que melhor “salvaguarda” é uma Unidade de Saúde Familiar de modelo C por dar acesso a maior autonomia do Estado central, nomeadamente em questões de aquisição de material necessário ao bom funcionamento dos cuidados de saúde.
Silvino Lúcio recordou que a criação de uma USF modelo C estava a ser pensada pela Cerci Flor da Vida de Azambuja, mas que esta instituição tem dúvidas de que com o pacote financeiro que iria receber da administração central fosse suficiente para fazer face às despesas. “Defendemos todos esse modelo quando ele for financeiramente estável”, sublinhou o autarca socialista.
Em Azambuja, cerca de 91% da população não tem médico de família atribuído. De um total de 18.706 utentes inscritos, apenas 1.670 têm médico designado e, presentemente, encontra-se apenas um médico em funções em todo o concelho, com os concursos para a colocação de clínicos a ficarem constantemente sem interessados, apesar de existir um regulamento de apoio à sua fixação. Foi para minimizar o impacto da falta de médicos que foi implementado o projecto Bata Branca que tem assegurado consultas de clínica geral aos utentes.


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