Sociedade | 24-09-2025 15:00

Divergências suspendem serviço para reduzir lista de espera em ortopedia no Médio Tejo

ortopedia hospital
foto ilustrativa

Centro de Responsabilidade Integrado de Ortopedia, que em dois anos reduziu o tempo de espera para cirurgia de quatro anos para 50 dias, está temporariamente suspenso por causa de pagamentos reclamados. ULS do Médio Tejo quer reabertura do serviço mas em “condições de confiança e estabilidade”.

O Centro de Responsabilidade Integrado de Ortopedia (CRI Orto) da ULS Médio Tejo, contratualizado para o quadriénio 2023-2026, com o objectivo de acabar com a lista de espera cirúrgica desta especialidade acima dos tempos médios de resposta garantida do Serviço Nacional de Saúde, tem a sua actividade “temporariamente suspensa”, confirmou a O MIRANTE a Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo.
Com gestão autónoma, a decisão a pedido do conselho de gestão do CRI Orto “não decorre de qualquer falha assistencial, mas de divergências quanto ao modelo organizativo e de distribuição de incentivos previsto na lei”, justifica a ULS Médio Tejo, vincando que o serviço não foi nem vai ser encerrado.
Ao que O MIRANTE apurou, em causa estarão, alegadamente, pedidos de pagamento de honorários de cirurgias de profissionais de saúde que não terão assinado o protocolo em 2023, aquando da criação do CRI Orto, serviço que em dois anos reduziu os tempos de espera para cirurgia ortopédica de cerca de quatro anos para 50 dias, segundo dados da ULS facultados ao nosso jornal.
Segundo a ULS Médio Tejo, o CRI Orto realizou cerca de 4.250 cirurgias em dois anos, e garantiu o tempo máximo de resposta de 48 horas para as fracturas do colo do fémur, fundamentais para a recuperação e diminuição da mortalidade e morbilidades associadas. Adicionalmente, “conseguiu também alargar a resposta em rede a utentes em lista de espera de outras unidades do SNS, como é o caso da ULS Lezíria”.
A ULS Médio Tejo refere ainda que “vai promover um balanço dos dois anos de actividade do CRI de Ortopedia, cujo valor será determinante para a reestruturação e relançamento deste modelo, em condições reforçadas de confiança e estabilidade”. Esclarece ainda que até à obtenção de pareceres das entidades tutelares competentes, a actividade cirúrgica aos utentes da ULS Médio Tejo mantém-se e continuará a ser assegurada através dos mecanismos legais em vigor.

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