Moradores do Bairro dos Quintais indignados com obras intermináveis

Moradores do Bairro dos Quintais, na Póvoa de Santa Iria, queixam-se das obras dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, que começaram em Novembro e ainda não terminaram. Pó, ruído, cabos soltos, buracos perigosos e falta de descanso estão a tornar a vida da população num inferno diário.
Os moradores do Bairro dos Quintais, na Póvoa de Santa Iria, estão descontentes com a forma como têm decorrido as obras dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) que começaram em Novembro e ainda não terminaram, transformando a Avenida Eduardo Veiga Araújo e Rua 1º de Maio num estaleiro. Queixam-se de não poder estender roupa por causa do pó da obra, gastam mais água porque passam horas a limpar os portões das suas casas e o chão, ficaram sem Internet, telefone e televisão e, durante os trabalhos, chegaram a cair cabos e estruturas que danificaram a parede de uma das habitações.
Durante a noite e logo de manhã cedo, a população diz estar privada de descanso por causa do ruído que os carros fazem ao passar na estrada onde decorrem os trabalhos, além da projecção de pedras. Um dos sinais que sinalizava a obra foi derrubado e não voltou a ser colocado, tal como outro dos sinais que assinalava a passagem de peões.
Quem circula nos passeios encontra cabos pendurados nas árvores, buracos, terra que abateu e continua a abater junto às tampas de esgoto. “O que é caricato é que os senhores estão a fazer uma obra do SMAS, mas não têm documentos e andaram-nos a perguntar onde é que era o esgoto. Quer dizer, andam a furar sem saber e só depois perguntaram. Isto é inacreditável”, refere Fernando Esteves.
Segundo o relato da população, as pessoas foram avisadas do início da obra e chegou a estar exposta na via pública a placa com a informação da empreitada e o prazo de duração de 180 dias. Mas, entretanto, a informação foi retirada do local. “Quando estas obras começaram, houve ali uma máquina naquele canto, porque a minha mãe viu o acidente a acontecer, em que puxaram os cabos e a partir daí deixámos de ter Internet”, conta outra residente.
A maior parte dos trabalhos foi acompanhada e sinalizada durante o dia pela PSP, mas os moradores falam em falta de fiscalização da câmara em relação à obra.
O MIRANTE questionou os SMAS de Vila Franca de Xira, mas não obteve resposta até ao fecho da edição.