Sociedade | 26-09-2025 10:00

Proposta alternativa de traçado para Alta Velocidade vai beneficiar toda a região ribatejana

Proposta alternativa de traçado para Alta Velocidade vai beneficiar toda a região ribatejana

A proposta prevê subestações intermédias de Leiria/Fátima e Santarém que respondem a dinâmicas regionais e turísticas, como o turismo religioso em Fátima, estimando captar parte dos cinco milhões de visitantes anuais.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo manifestou satisfação pela existência de uma proposta alternativa para o traçado da Linha de Alta Velocidade no acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa, destacando benefícios em termos de coesão territorial. “Foi-nos apresentado um trajecto que beneficia a região e, diria mais, todo o interior, com um sentido de coesão territorial e de valorização do Médio Tejo”, disse à Lusa o presidente da CIM, na sequência de uma reunião com os promotores da proposta de novo traçado da Linha de Alta Velocidade (LAV) no acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), previsto para Alcochete. “Ficámos muito interessados e com boas expectativas de que este novo traçado corresponda melhor a um equilíbrio necessário do ponto de vista da coesão territorial e que serve esta região de forma muito mais eficaz do que o trajeto inicial”, afirmou Manuel Jorge Valamatos.
O estudo para um novo traçado entre o Porto e Lisboa, correspondente à ligação entre Soure e Carregado e apresentado aos autarcas do Médio Tejo, foi desenvolvido pela GV Consultores de Engenharia em parceria com a ADFERSIT – Associação para o Desenvolvimento dos Transportes em Portugal e a Confederação Empresarial de Portugal (CIP). O estudo defende a passagem da linha pela margem esquerda do Tejo, beneficiando directamente localidades como Santarém, Almeirim, Ourém e Fátima, bem como várias cidades do Médio Tejo, entre as quais Entroncamento, Tomar e Abrantes, estendendo a ligação a Castelo Branco, Covilhã e Guarda. Esses locais são mencionados como beneficiados pela proposta da LAV Lisboa – Porto (Soure) pela margem esquerda do Tejo, com estações intermediárias que atendem às necessidades regionais e turísticas.
A proposta prevê subestações intermédias de Leiria/Fátima e Santarém que respondem a dinâmicas regionais e turísticas, como o turismo religioso em Fátima, estimando captar parte dos cinco milhões de visitantes anuais, e o desenvolvimento industrial em áreas como Marinha Grande e Leiria. Entre as vantagens apontadas estão a melhoria da coesão territorial, a redução de custos de construção e de expropriação por atravessar zonas mais planas e menos povoadas, a diminuição do impacto ambiental e a maior viabilidade económica, já que o traçado, segundo os promotores, poderá representar uma poupança de cerca de 3,6 mil milhões de euros (3,6 MME) em comparação com alternativas anteriores. Em termos da infraestrutura, o traçado proposto tem menos viadutos, menos passagens superiores e inferiores, com a eliminação de túneis subterrâneos entre Vila Franca e o acesso à nova ponte sobre o Tejo.
O presidente da CIM do Médio Tejo, Manuel Jorge Valamatos, destacou a relevância da solução do ponto de vista da coesão territorial, sublinhando ainda o impacto financeiro positivo da proposta, que reduz o investimento nacional previsto. “Até do ponto de vista económico, parece que o país ganha com este novo traçado, mais próximo do Médio Tejo, e nós ficámos muito receptivos a poder apoiar esta iniciativa, porque tem um sentido de maior equidade, dando às zonas do interior mais proximidade e valorização”, acrescentou.

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