Vala por limpar em Vale Mansos motiva queixas de munícipe

Um residente de Vale Mansos, em Coruche, teme inundações e maus cheiros devido à falta de limpeza de uma vala que atravessa a Estrada Nacional 114. O presidente da câmara assegura que a intervenção está prevista no plano anual de manutenção.
Manuel Gabriel, de 81 anos, vive em Vale Mansos, Coruche, e há muito tempo que convive com os problemas de uma vala que atravessa a Estrada Nacional 114. O morador, que tem a garagem e a habitação junto à linha de água, receia as consequências da falta de manutenção do espaço. “Temos ali umas canas bravas, ervas e vegetação densa que fazem lixo, criando entulho que nas chuvadas grandes leva tudo à frente”, relata o residente. Lembra ainda que, no passado, foram colocadas manilhas por baixo da estrada, mas a solução acabou por agravar o entupimento da vala.
Segundo o octogenário, a situação complica-se com a aproximação do Inverno, pedindo por isso a limpeza da vala que, no seu entender, devia ser limpa duas vezes por ano. A última vez que se recorda de aquele local ter sido limpo foi há cerca de ano e meio ou mesmo dois anos, numa intervenção que diz não ter sido completa. Além das águas pluviais, Manuel Gabriel aponta, todavia sem certeza ou confirmação, alguns problemas relacionados com o sistema de bombagem no local. “Uns dizem que as bombas não têm capacidade, outros que os canos são estreitos”, especifica. O morador recorda ainda os maus cheiros sentidos quando a vala tinha mais caudal. “Se estivesse limpa, parece-me que a situação não fosse tão má”, observa.
Face às queixas, o presidente da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira, assegura a O MIRANTE que a autarquia vai intervir. “Vamos iniciar o processo de limpeza de vegetação, porque as linhas de água ganham muita vegetação neste período. Fazemos isso regularmente, todos os anos, para que as linhas de água se mantenham em condições de escoamento”, garante. O autarca explica que a limpeza daquela vala está integrada no planeamento municipal antes da chegada da época das chuvas. Sobre o saneamento, esclarece que “a estação elevatória do Limoeiro, sob responsabilidade das Águas do Ribatejo, está a funcionar e encaminha o efluente de esgoto para a ETAR”. Sublinha ainda que a linha de água “não vai para a Barragem de Magos, passa ao lado do Açude da Agolada e recebe apenas águas da chuva e da própria vala, sem ligação ao sistema de saneamento”.