Jorge Tavares: “Ser professor é romper os dias que empurram para as desigualdades”

No Dia Mundial do Professor, Jorge Tavares, director do Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita do Cartaxo, fala da docência como missão e poesia. À frente do agrupamento há vinte anos, renovou este ano o mandato até 2029.
Para Jorge Tavares, “ser professor em 2025 é romper os dias que empurram para as desigualdades”. Acredita que o ensino é feito de abraços, de silêncios desfeitos e de sonhos adolescentes. “Os professores têm muitas vidas dentro deles para cuidar”, diz o director, que vê na profissão uma força que resiste ao cansaço.
Reconduzido no cargo em Julho, o docente sublinha que os maiores desafios são sociais e que o respeito e a autoridade nunca estão garantidos. “Quem disser que a docência é fácil nunca viveu numa sala de aula. São dias descalços. Sobra a alma imensa", acrescenta.
Sobre o futuro, acredita que a inovação tecnológica é inevitável, mas deve ser acompanhada de humanidade pois “os olhos envelhecem quando se luta contra moinhos. A fonte fica maior quando a acrescentamos".
No final, deixa uma mensagem simbólica: “O professor é o rio onde a ave bebe. O Dia Mundial do Professor podia ser a 21 de Março, Dia da Poesia".