Coruche garante permanência do Destacamento da GNR e obras no quartel estão na recta final

O quartel da GNR de Coruche está em obras e a sua conclusão está prevista para o final do ano ou início de 2026. Apesar de rumores sobre uma eventual transferência, a autarquia e a própria legislação asseguram que o Destacamento Territorial vai continuar sediado no concelho.
As obras de requalificação do quartel da Guarda Nacional Republicana (GNR) em Coruche estão em fase final e deverão estar concluídas dentro de dois meses. A modernização das instalações, que incluem alojamento para os militares, pretende fixar efectivos no concelho e reforçar a resposta do Destacamento Territorial, cuja permanência tem sido posta em causa por constantes rumores.
O município veio, entretanto, esclarecer que não existe qualquer decisão, formal ou informal, que coloque em risco a continuidade do Destacamento em Coruche. Recorda ainda que a lei define a sede no concelho e que qualquer alteração só poderia ocorrer mediante decisão expressa do Ministério da Administração Interna.
A câmara sublinha que tem apoiado a Guarda durante todo o processo, assegurando o pagamento de instalações provisórias para manter o serviço activo. O novo posto está a ser preparado para receber todas as valências do Destacamento, com melhores condições para militares e população. O enquadramento jurídico é invocado como prova adicional da estabilidade da estrutura. A Portaria n.º 1450/2008 fixa Coruche como sede do Destacamento Territorial da GNR, só podendo essa realidade ser alterada através de acto normativo ou decisão ministerial publicada em Diário da República.
A autarquia salienta que tem mantido contactos com o comando da GNR e com o Ministério da Administração Interna, não tendo sido comunicada qualquer alteração estrutural. Foram mesmo solicitados esclarecimentos formais às entidades competentes, com o objectivo de tranquilizar a população.
“Estamos em fase de conclusão do posto da GNR, que deverá demorar mais dois meses. O espaço vai permitir a acomodação de militares no nosso concelho”, afirmou o presidente da câmara, Francisco Oliveira, a O MIRANTE acrescentando que, noutros casos, a falta de dormitórios em alguns postos transforma-os em espaços de passagem. “Queremos fixar quadros em Coruche e não ter apenas militares de forma transitória”, frisou.
O autarca rejeita ainda qualquer possibilidade de saída do Destacamento. “Já se ouvem algumas almas preocupadas com a mudança, mas isso não está em causa. Recebemos garantias de altos quadros da GNR de que o Destacamento é e continuará a ser de Coruche”, disse.
A modernização do quartel e a garantia da permanência da unidade são, segundo a autarquia, passos decisivos para o futuro da segurança no concelho. Em paralelo, a câmara tem insistido junto do MAI e do Comando Territorial de Santarém para o reforço do número de efectivos.
Destacamento Territorial provisoriamente em Samora Correia
Enquanto decorrem as intervenções, o posto da GNR de Coruche encontra-se a funcionar provisoriamente nas antigas instalações do centro de dia, situado junto à Avenida Luís de Camões, propriedade da Misericórdia de Coruche. A autarquia assume uma despesa mensal de 1.200 euros pelo arrendamento do imóvel, suportando também os custos de água e electricidade. Já o Destacamento Territorial da GNR foi transferido para Samora Correia, no concelho de Benavente, durante o período das obras. As instalações da GNR de Coruche apresentavam problemas há vários anos, com sucessivos apelos para a sua requalificação.