Colónia de gatos em prédio degradado no centro de Santarém motiva queixas

Um edifício devoluto e degradado no centro histórico de Santarém alberga uma colónia de gatos alimentada por alguns cidadãos. Situação já foi denunciada a diversas entidades e este mês os bombeiros estiveram no local para retirar alguns animais mortos.
Um edifício em ruínas na Travessa do Froes, no centro histórico de Santarém, serve de albergue a uma colónia de gatos que é alimentada por cidadãos através de uma varanda do primeiro andar, já que as janelas e porta do rés-do-chão estão entaipadas. No dia 6 de outubro, os Sapadores Bombeiros de Santarém deslocaram-se ao local para fazer uma pequena limpeza e remover os cadáveres de alguns animais. O caso é do conhecimento do Gabinete de Sanidade e Higiene Pública Veterinária da Câmara de Santarém e também da Protecção Civil municipal, informa a O MIRANTE fonte do município, acrescentando que estão a tentar contactar o proprietário do imóvel para entaipar devidamente o edifício em ruínas.
“Lá dentro, estão muitos gatos a procriar, outros mortos, outros ainda jovens, mantendo-se esta situação há anos, durante os quais a câmara e o canil foram contactados, mantendo-se a situação sem solução. Vários gatos já caíram do primeiro andar, onde há janelas com gradeamento, alguns sendo apanhados do chão já mortos. Quem pode, sobe e deixa comida e água para não morrerem de fome e desidratação”, denuncia uma cidadã, Maria Duarte, a O MIRANTE.
A mesma munícipe alega que se trata de “uma situação insustentável e uma afronta a uma cidade supostamente civilizada”, referindo que, apesar de não ser especialista na área, considera que pode colocar em causa a saúde pública. “De destacar, também, que naquela travessa há um restaurante e uma farmácia e, no prédio mencionado, há gatos mortos e certamente uma imundície de excrementos. Isto é indigno do bem-estar animal, mantendo-se os mesmos numa situação deplorável, imunda e de desprezo por parte das autoridades locais”, reforça Maria Duarte, acrescentando esperar que o dono do prédio ou as autoridades não se lembrem de demolir o prédio com os animais lá dentro.
