Chamusca tem mais de 1.500 casas abandonadas e em ruínas

Dados foram partilhados na última assembleia municipal. Na Chamusca há mais de 1500 casas devolutas e mais de 800 consideradas segunda habitação.
Segundo informação partilhada pelo presidente da Câmara da Chamusca na última assembleia municipal, que se realizou a 29 de Setembro, há mais de 1.500 casas devolutas no concelho, seja em estado de ruína ou de abandono. Paulo Queimado referiu ainda que há mais de 800 casas que são consideradas segunda habitação, estando desabitadas a maior parte do ano. O problema da habitação devoluta na região tem sido debatido entre autarcas de vários concelhos. Recentemente, o vice-presidente da Câmara do Cartaxo revelou que o concelho tem pouco mais de mil fogos para construir e disponíveis para construir e 3700 casas vagas ou devolutas. Na Golegã, o presidente da câmara António Camilo defende um agravamento do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) para que o município tenha capacidade de travar os proprietários que, face à falta de habitação, guardam as suas casas para alugar pela altura do São Martinho ou de outros eventos. António Camilo partilhou que há muitos anos também ele foi despejado durante um mês para a casa poder ser alugada na altura da Feira Nacional do Cavalo.
Importa referir que muitos concelhos têm em funcionamento a sua Estratégia Local de Habitação (ELH), mas a realidade é que na maior parte os objectivos propostos estão longe de ser atingidos, como é o caso do município de Santarém onde foram executados apenas 600 mil euros do total de cerca de 20 milhões de euros anunciados para criar habitação pública a preços acessíveis até 2025.