“Ignorar a dor é o primeiro passo para uma lesão se tornar crónica”

Hoje é assinalado o Dia Mundial da Osteoporose, uma doença do metabolismo do osso caracterizada por um osso frágil com elevado risco de fractura. Por ocasião da data O MIRANTE conversou com Marina Escobar, médica ortopedista no Hospital da Luz Clínica de Vila Franca de Xira.
Na ortopedia é essencial não deixar a dor evoluir durante mais de quatro semanas e procurar ajuda médica com rapidez, prevenindo-se assim problemas que podem ser graves e ter consequências para toda a vida, num conjunto de patologias que vão desde a detecção precoce da osteoporose às tendinites e capsulites adesivas, conhecidas por “ombro congelado”.
O alerta é deixado a O MIRANTE por Marina Escobar, médica ortopedista no Hospital da Luz Clínica de Vila Franca de Xira, a propósito do assinalar, a 20 de Outubro, do Dia Mundial da Osteoporose. “A primeira coisa é não chegar a ter dores e para isso é fundamental a prevenção, mantendo um estilo de vida activo, ter cuidado com os excessos de peso e com os excessos em geral. Embora o que mais chateie é quando as pessoas esperam demasiado. Às vezes aparecem-me no consultório com dores de quatro, cinco ou seis anos de evolução. Quando as coisas estão muito avançadas já não há soluções fáceis, e muitas vezes já não há cura possível, apenas alívio. É muito mais fácil tratar uma patologia no início”, garante.
Entre os problemas mais comuns encontrados nas suas consultas estão as patologias de sobrecarga, muitas vezes associadas ao trabalho, incluindo as tendinites e o síndrome do canal cárpico.
No que toca à osteoporose, sabe-se que a nível mundial uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens, após os 50 anos, vão sofrer uma fractura osteoporótica. Daí justificar-se a prevenção e o diagnóstico precoce. A osteoporose é uma doença que faz com que o osso fique mais fino, com menor força e resistência à carga diária, menos denso e com menor qualidade. É uma doença do metabolismo do osso que provoca um osso frágil com elevado risco de fractura. É uma doença silenciosa em que o primeiro sinal de alerta é a fractura de um dos ossos, o que pode conduzir a uma significativa incapacidade, morbilidade e perda de dependência.
* Notícia desenvolvida na edição impressa de O MIRANTE