Sociedade | 21-10-2025 23:35

Faleceu Francisco Pinto Balsemão, fundador do Expresso e da SIC

Faleceu Francisco Pinto Balsemão, fundador do Expresso e da SIC

Militante nº 1 do PSD, ex-primeiro-ministro, jornalista e empresário.

Francisco Pinto Balsemão, que morreu hoje aos 88 anos, foi uma personalidade incontornável da história dos media em Portugal, um jornalista que nunca deixou de ser político, tendo como "fio condutor" a luta pela liberdade de expressão e o direito a informar.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, nasceu em 01 de Setembro de 1937, em Lisboa, "de cesariana, na Casa de Saúde das Amoreiras", teve uma "infância fechada, mas desafiante, dourada, mas exigente", relata o fundador do Expresso e da SIC, no seu livro "Memórias", onde diz esperar ter contribuído para deixar o mundo "um pouco melhor".

Jornalista, empresário e político português, Francisco Pinto Balsemão foi um dos fundadores do Partido Social-Democrata (PSD), primeiro-ministro entre Janeiro de 1981 e Junho de 1983 e presidente do partido entre 1980 e 1983.

Amante de música, tocava piano e bateria, mas a actividade musical onde atingiu os seus "poucos ambiciosos louros foi como pianista", relata, referindo que foi a sua mãe que "criou as condições" para que gostasse de ouvir e tocar música.

Nas suas memórias deixou escrito: "Vi Armstrong pisar a lua e a sonda Curiosity deslizar em Marte. Fui amplamente contemplado pela revolução digital. Beneficiei do 25 de Abril e contribui, na política, no jornalismo, no associativismo e, mais tarde, no ensino para que Portugal fosse uma democracia de padrão ocidental", recorda.

"Lutei pela nossa adesão à CEE e pela nossa entrada na moeda única e continuo a lutar por uma União Europeia em que acredito" e "desfruto de um ambiente familiar muito positivo: uma mulher, cinco filhos e 14 netos que me acompanham e procuro acompanhar".

E interroga-se sobre o seu legado. "resta saber se (...) consegui contribuir para deixar o mundo, pelo menos o mundo que me rodeia, um pouco melhor", afirma, rematando: "Hoje e sempre, a única obrigação moral que poderá ser exigida ao Homem, para que seja 'mais do que matéria físico-química', é que procure deixar o mundo onde nasceu, seja esta a Terra ou algo mais vasto, melhor do que o encontrou".

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