Sociedade | 21-10-2025 10:00

Negócio entre Câmara da Chamusca e Caixa Geral de Depósitos fica pelo caminho

Negócio entre Câmara da Chamusca e Caixa Geral de Depósitos fica pelo caminho
Negócio entre a Câmara da Chamusca e a CGD gerou polémica - foto DR

Instituição bancária tentou vender ao município o imóvel onde tem em funcionamento a agência da Chamusca, mas o presidente da câmara, Paulo Queimado, diz que desistiu do negócio depois de todo o burburinho que se gerou.

A Câmara Municipal da Chamusca fez uma proposta para comprar uma parte do edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD) local para instalar serviços de apoio ao cidadão, entre outros, mas o negócio ficou pelo caminho. Na última Assembleia Municipal da Chamusca, o ainda presidente da câmara adiantou que a instituição bancária tentou vender o imóvel, houve uma proposta aceite, mas o negócio não se consumou por causa do mediatismo que se gerou. “A Caixa Geral de Depósitos tentou vender o imóvel ao município. Informaram-nos que queriam fazer daquele balcão um balcão 4.0, que passariam a ter apenas dois funcionários, cofre e serviço de atendimento digital e por isso não precisavam de uma instalação daquela dimensão”, começou por afirmar Paulo Queimado.
O autarca continua as explicações afirmando que o município realizou uma proposta que foi aceite pela instituição. “Fizemos uma proposta e foi aceite. Fazíamos um empréstimo na CGD para aquisição do imóvel e o preço da renda para utilização de um espaço era o valor da amortização do próprio empréstimo”, disse, acrescentando uma justificação para não se ter consumado o negócio: “não temos qualquer autoridade na CGD para manter qualquer agência aberta. Parecia que estava a ser responsabilizado pelo fecho do balcão. Desisti do negócio com todo o mediatismo que se gerou na comunicação social, nós sabemos qual”, referiu.
Recorde-se que, tal como O MIRANTE noticiou há cerca de um ano, a Câmara Municipal da Chamusca demonstrou interesse em comprar uma parte do edifício da Caixa Geral de Depósitos local, situado na Rua Direita de São Pedro, para instalar uma Loja do Cidadão. O assunto foi discutido em várias sessões camarárias, devido ao facto de a Conservatória da Chamusca estar frequentemente fechada e ser necessário encontrar uma solução para que a população tenha acesso a serviços essenciais. Na altura, a CDU partilhou um comunicado referindo que “a negociata que está a ser criada entre o PS e a CGD e perspectiva de redução de serviço e atendimento presencial, com a introdução de novas tecnologias sem atendimento presencial e a redução de capacidade, representam um problema grave, especialmente para a população envelhecida do concelho, que depende fortemente do atendimento personalizado e humano”. O comunicado, que gerou confronto político em reunião de câmara, referia ainda que, enquanto banco público, a CGD “tem a responsabilidade de garantir o acesso equitativo aos serviços bancários a toda a população, independentemente da sua localização ou condição socioeconómica. É inadmissível que, após ter registado mais de 1 mil milhões de euros de lucro, a CGD esteja a proceder a cortes nos serviços que afectam directamente os cidadãos mais vulneráveis”.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal