Sociedade | 21-10-2025

Outubro Rosa: é preciso chamar o cancro pelo nome

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Outubro Rosa: é preciso chamar o cancro pelo nome

Maria Jorge foi diagnosticada com cancro da mama agressivo depois de se ter apercebido que tinha um caroço móvel

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Outubro Rosa: é preciso chamar o cancro pelo nome

Rita Alfacinha concluiu os tratamentos para um carcinoma inflamatório da mama, um cancro raro e invasivo

Maria Jorge e Rita Alfacinha não se conhecem mas partilham este artigo e um diagnóstico de cancro da mama. Sem pudores abordam as dificuldades que viveram durante os tratamentos, as mudanças na imagem, o choque e medo do desconhecido. No mês dedicado à sensibilização do cancro da mama não esquecem quem as amparou e destacam a importância em se confiar nos profissionais de saúde.

Aos 43 anos, com duas filhas pequenas e numa altura em que estava a tentar engravidar Maria Jorge foi diagnosticada um cancro da mama triplo negativo, o mais grave. A notícia, que veio num dia frio de Dezembro, congelou-a. Havia a possibilidade de a doença ter metástases e estar pelo corpo todo, incluindo ossos e sangue. “Não podia, não podia ser. Sentia-me tão bem, estava a fazer análises para engravidar e estava tudo bem”. Mas com um diagnóstico de cancro no estágio VI ganhou de imediato “a consciência de que o fim podia estar perto” ao mesmo tempo que deixava cair por terra o sonho de voltar a ser mãe. Estava no bloco de partos do Hospital de Santarém, um lugar cheio de significado e boas memórias- tinha sido ali que se tinha tornado mãe- a ouvir que tinha cancro. Lembra-se de o companheiro, ao seu lado, perguntar à médica se ela ia morrer e de ouvir a resposta que a tranquilizou: “o hospital está aqui para dar vida, não morte”.
Saiu daquele lugar, que acabava de ganhar um novo significado, cheia de medos e incertezas. Sem saber como ia dizer às filhas que tinha cancro. Atormentava-a pensar que podia morrer, que os seus pais iam ficar desamparados e que o seu companheiro ia ter de criar as filhas sozinho. “Comecei a perceber que fazia mais falta na vida das pessoas do que pensava. E então comecei a preparar tudo", conta a O MIRANTE a propósito do Outubro Rosa, uma campanha de conscientização que tem como objectivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do cancro da mama e do cancro do colo do útero.
*Artigo completo na próxima edição semanal de O MIRANTE

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